Estudo realizado pela EY com empresas brasileiras
de médio porte mostra que 60% das companhias têm
planos de crescimento entre 6% e 25%
Mesmo com o cenário desafiador, em decorrência da incerteza associada
com o momento político-econômico, as empresas brasileiras de médio porte
continuam mostrando otimismo e apostam na melhoria de seu desempenho para este
ano. Isso é o que mostra o Growth Barometer, estudo realizado pela consultoria
EY (Ernst & Young) com executivos de mais de uma centena de empresas
brasileiras. Globalmente, foram ouvidos 2.766 executivos em 21 países.
De acordo com o conteúdo, 57% das empresas que participaram da pesquisa
esperam um crescimento entre 6-10% em 2018, dois pontos percentuais abaixo do
mesmo levantamento realizado globalmente. Enquanto 38% das empresas brasileiras
planejam crescer entre 0-5%, apenas 3% preveem aumento entre 11-25%.
O
levantamento aponta que as forças disruptivas, elencadas pelos entrevistados
brasileiros, exercem impacto importante em seus negócios. O impacto da convergência da indústria está no topo da
lista para 33% dos participantes, seguido pela implementação da digitalização
(24%), enquanto 23% destacam as mudanças demográficas.
Ainda que com maior cautela, as empresas não deixaram de investir em
pessoas e inovações tecnológicas buscando crescimento de mercado local. “Os
executivos brasileiros estão concentrando seus esforços principalmente no
território nacional e não estão de braços cruzados diante das incertezas. Essa
movimentação reflete a leve recuperação do cenário econômico no Brasil e a
expectativa de um futuro mais promissor.”, afirma Leonardo Donato, líder de
mercados emergentes da EY no Brasil e América Latina.
O estudo ainda ressalta que entre as principais preocupações dos
entrevistados brasileiros são o fluxo de caixa insuficiente (29%) e a
disponibilidade de crédito (20%). A situação também se repete nos demais países
participantes do estudo. Mesmo neste ambiente de incertezas, mais de um terço
(35%) das empresas brasileiras planejam fazer novas contratações, enquanto 60%
devem manter seu nível de funcionários nos próximos 12 meses, e apenas 4% preveem
reduzir suas contratações.
Outro dado muito importante é que para 94% dos participantes, no Brasil,
o uso de processos de automatização robótica (RPA) estará implementada nos
próximos cinco anos, porcentagem bem acima da expectativa registrada no levantamento
anterior, em 2017, quando apenas 10% dos participantes planejavam a adoção
desse tipo de tecnologia nos próximos dois-cinco anos. A pesquisa também indica
que o RPA é visto como um ganho de eficiência em certos processos e como
complemento das competências humanas, não como um substituto.
EY
@EY_Brasil
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