Responsável por identificar, resgatar e preservar bens históricos, o profissional em
restauração mantém viva a memória e o legado de lugares e populações
Nesta
sexta-feira, dia 17 de agosto, é comemorado o
Dia Nacional do Patrimônio Histórico. A celebração foi criada em 1998 para
homenagear o historiador e primeiro presidente do Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Rodrigo Melo Franco de Andrade. Deste
então a data reforça a importância de reconhecer e valorizar o patrimônio
histórico e cultural do país. Neste contexto, o trabalho do conservador e
restaurador vem ganhando espaço e exigindo profissionais cada vez mais
preparados.
O restaurador é o profissional responsável por intervir diretamente em obras
de arte, edifícios, livros e demais patrimônios históricos a fim de preservar
ou recuperar sua significância para a sociedade. Regulamentada em 2013 no
Brasil, a profissão exige uma formação acadêmica multidisciplinar, baseada em
história, história da arte, física, química, filosofia, ética e estética.
Segundo Rosina Parchen, coordenadora do curso de Restauro e Conservação De Edifícios e
Obras de Arte do Centro Europeu,
de Curitiba (PR), a formação em restauro permite que o profissional atue na
elaboração de projetos de restauração e revitalização de construções, painéis,
telas, esculturas e pinturas murais. “O curso garante ao aluno, todo o suporte
teórico e prático necessário para que ele reconheça as patologias e desenvolva
soluções de proteção e de intervenção em bens culturais”, detalha a
especialista.
Embora a profissão apresente um papel social extremamente
relevante, são poucos os profissionais habilitados na área. “A falta de
especialistas capazes de elaborar um diagnóstico adequado e de intervir nos
elementos históricos originais com o conhecimento necessário, pode causar danos
irreparáveis a preservação das características importantes dos elementos
históricos e dos conjuntos onde estão inseridos”, afirma Rosina Parchen.
Mercado de trabalho
Os principais campos de atuação destes profissionais são os
museus, órgãos oficiais de proteção ao patrimônio e secretarias de cultura e
ateliers especializados. Além disso, nos últimos anos, com a crescente valorização
de prédios e objetos históricos e de grande valor afetivo na arquitetura,
design e decoração o mercado de trabalho tem se expandido também para
instituições privadas.
“Os profissionais que atuam nesta área estão sendo cada vez mais
procurados para restaurarem e adequarem edificações históricas à vida
contemporânea. Muitos são os exemplos de empresas que tem fixado suas
instalações em prédios históricos, buscando personalidade e raízes culturais.
Nestes casos a presença de um restaurador é imprescindível”, completa Rosina
Parchen.
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