Cães
e gatos devem ser vacinados anualmente para prevenir a disseminação da doença
O
mês de agosto foi escolhido como o “mês do cachorro louco”. De acordo com Julia
Oliveira de Camargo, veterinária e proprietária do Hospital
Veterinário Dog Saúde, embora seja uma lenda muito famosa, não há nada
científico que comprove o motivo dessa escolha.
Nesse
mês, assim como em fevereiro, o cio fica em alta, e é muito comum os machos
brigarem ou ´ficarem loucos´ pelo acasalamento. “Como as brigas aumentam, os
cachorros acabam levando mordidas e podem contrair a doença da raiva”, explica
a veterinária.
Transmissão
da raiva
A
raiva é transmitida pelo RNA vírus do gênero Lyssavírus, encontrado na saliva dos
animais. “Mordidas são as principais vias de transmissão da doença, mas ela
também pode se manifestar por meio de lambidas em mucosas ou feridas abertas”,
diz Julia.
Sintomas
da doença
Os
sintomas mais comuns são agressividade, salivação excessiva, mudanças de
comportamento repentinas, paralisia dos membros, dificuldade de deglutir. Há
casos menos específicos que provocam nervosismo, ansiedade, isolamento, anorexia,
vômito e diarreia.
A
veterinária afirma que esses comportamentos podem ocorrer logo em seguida ao
contato de um outro animal doente. “Apesar da doença evoluir rapidamente, os
primeiros sinais podem demorar a aparecer; alguns animais apresentam os
sintomas em pouco tempo, já outros demoram meses”, destaca a especialista.
Não
existe tratamento para a raiva
A
doença da raiva geralmente leva o animal a óbito. “Infelizmente, são raros os
casos em que ela consegue ser combatida”, lamenta a médica veterinária. Caso o
animal leve uma mordida, o correto é levá-lo ao veterinário para fazer uma
avaliação.
Ainda
não é conhecido um tratamento eficaz para a cura da raiva. Por isso, a
principal orientação é vacinar os animais. “Vacinar é um ato de amor com seu animal
e com o próximo”, destaca a veterinária.
A
vacinação é a única forma de prevenção da raiva
A
profissional lembra que a vacinação deve ser feita por um médico veterinário de
confiança. Quando filhote, ela é administrada em uma única dose, entre o quarto
e o sexto mês de vida. Depois, a vacina deve ser feita anualmente. “Raramente
há algum tipo de reação, mas isso depende do animal”, reitera Julia.
No
Brasil, os casos de raiva têm voltado a aparecer com mais frequência. “A vacina
torna-se essencial para a segurança dos animais e seres humanos e para evitar a
disseminação da doença”, pondera.
A
veterinária conclui que a raiva é uma zoonose (doença que é transmissível para
o ser humano) e, por isso, a vacinação é a única maneira de prevenção. “Se
todos vacinassem, conseguiríamos extinguir essa doença letal.”
Julia Oliveira
de Camargo (CRMV 38.373) - Médica Veterinária pela Universidade Anhembi Morumbi
e proprietária do Hospital Veterinário Dog Saude (http://dogsaudejundiai.com.br)
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