Afirmação
é do presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras, que apoia a campanha de
conscientização O Tempo Não Cicatriza. Para feridas complexas, o tratamento é o
melhor remédio
Uma das piores e mais
doloridas lesões da pele, a queimadura, pode colocar em risco a vida de
qualquer pessoa se não houver a atenção necessária durante seu tratamento. Mas
o dado mais preocupante é que a maioria dos acidentes acontece em ambientes
domésticos. “São 77% do total das ocorrências”, afirma Luiz Philipe Molina Vana,
cirurgião plástico e presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ).
De acordo com o
especialista, cerca de 40% desses eventos ocorrem com crianças de até 10 anos
de idade. “Uma informação importante que devemos levar em consideração no
sentido de alertar as pessoas é que, normalmente, os acidentes acontecem na
cozinha”, destaca. As regiões do corpo mais atingidas são os membros
superiores, o tronco e a face.
O médico lembra ainda que a principal
causa das queimaduras é o fogo em si, corresponde a 40%, especialmente pelo uso
do álcool para faxina doméstica e como acendedor de churrasqueira. “As pessoas
têm um hábito muito equivocado em relação à utilização do produto”, explica
Molina.
As queimaduras podem ser
classificadas em duas fases: a aguda, que ocorre logo após o evento, quando o
paciente apresenta feridas abertas; e a de sequelas, na qual as lesões na pele
já foram fechadas, mas deixam marcas e cicatrizes. Os tratamentos, de maneira
geral, costumam ser prolongados uma vez que envolvem troca de curativos diária
e, em muitos casos, até intervenção cirúrgica.
Segundo o médico, a
profundidade e a extensão da lesão é que vão apontar qual é a gravidade e
definir o tipo de terapia mais adequado. “As queimaduras não são iguais, por
isso é importante observar a combinação desses dois aspectos”.
Primeiros socorros e
tratamentos
Assim que o acidente ocorre
é preciso procurar um profissional de saúde o mais rápido possível. “A pessoa
queimada deve lavar a área atingida com água abundante, cobrir com um tecido
limpo, tirar relógios, anéis e outros acessórios e se dirigir imediatamente ao
pronto-atendimento. É essencial que ela não aplique nada na pele, pois o uso de
pomadas e outros tópicos semelhantes atrapalham o diagnóstico”, ressalta o
cirurgião.
A queimadura mais profunda
exige cuidado especial para que não haja complicações futuras. Nesse caso, o
tipo mais comum de tratamento é o que pode ser chamado de suporte, onde são
utilizados curativos que ajudam a impedir infecções e o enxerto de pele.
“Muitas unidades de saúde
especializadas do Brasil já têm acesso a inovações avançadas de tratamento,
como, por exemplo, curativos de alta tecnologia que ajudam e aceleram o
fechamento da ferida e amenizam as cicatrizes”, diz Molina, ressaltando que
toda queimadura pode se complicar, por isso a agilidade na busca por tratamento
faz diferença. “A população precisa estar mais atenta aos perigos tanto no
ambiente doméstico quanto no profissional. As queimaduras geram sequelas
estéticas e psicológicas, contribuindo para o “bulliyng” infantil e outros
traumas”, conclui.
Conscientização: o tempo não
cicatriza
Promover a conscientização é
um dos motivos da união de sete organizações, entre sociedades médicas, como a
SBQ, e de enfermagem e associação de pacientes, com apoio da ACELITY, na
campanha O Tempo Não Cicatriza. Para feridas complexas, o tratamento é o
melhor remédio no Brasil. A iniciativa espera informar a população sobre
feridas complexas e seus riscos, levando as pessoas a procurarem um
profissional da saúde que possa avaliar a utilização de tratamentos mais
adequados. As opções terapêuticas variam de acordo com o tipo de lesão e com a
região do corpo em que estão localizadas.
A campanha é promovida pelas
sociedades brasileiras de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), de
Queimaduras (SBQ), de Tratamento Avançado de Feridas (SOBRATAFE), a de
Atendimento Interligado ao Traumatizado (SBAIT); de Estomaterapia (SOBEST) e a
de Enfermagem em Dermatológica (SOBENDE), e a Associação Nacional de Atenção ao
Diabetes (ANAD).
Atualmente, estão
disponíveis no País soluções inovadoras como curativos avançados com
propriedades antimicrobiana, antiodor, regenerativa ou hidratante, que
contribuem para a cicatrização. Também existem tecnologias hospitalares e
domiciliares, como o sistema de pressão negativa, que utiliza a pressão
controlada e localizada sobre a lesão por meio de um curativo de espuma coberto
por uma película e ligado a um sistema de drenagem, as novas tecnologias
aceleram o tempo de cicatrização de feridas.
Sobre
a Sociedade Brasileira de Queimaduras
A
Sociedade Brasileira de Queimaduras é uma associação civil, sem fins
lucrativos, com objetivo de promover, de encorajar, de contribuir e de
estimular a ciência, o estudo, a pesquisa, a divulgação e a prática do
tratamento das queimaduras. Também estão entre os propósitos da entidade a
conscientização dos aspectos preventivos das queimaduras, a divulgação dos
primeiros-socorros e a capacitação de todas as categorias profissionais
envolvidas no tratamento e na prevenção das queimaduras. Para mais informações,
acesse www.sbqueimaduras.org.br.
Sobre
a ACELITY no Brasil
A
ACELITY iniciou suas atividades no Brasil em 2012. Hoje, a sede em São Paulo
conta com 75 funcionários que trabalham para restaurar a vida das pessoas por
meio do desenvolvimento e da distribuição de produtos e de terapias que ajudam
na aceleração da cura e da redução de complicações.
Sobre
a ACELITY
A
Acelity LP Inc. e suas subsidiárias são uma empresa global de tratamento
avançado de feridas e medicina regenerativa criada por unir os pontos fortes da
Kinetic Concepts, Inc., e da Systagenix Wound Management, Limited. Disponível
em mais de 80 países, o inovador e complementar portfólio de produtos da
ACELITY fornece valor por meio de soluções que aceleram a cicatrização e
lideram a indústria em qualidade, segurança e experiência com o cliente. Com
sede em San Antonio, Texas, EUA, a ACELITY emprega mais de 5.000 pessoas em
todo o mundo.
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