segunda-feira, 2 de julho de 2018

Tenha um olhar benevolente diante das crises e cresça


 Suryavan Solar ensina como momento de dificuldades podem nos levar a boas colheitas


Há três anos que o Brasil atravessa uma crise econômica, cujo resultado mais nefasto está nos altos índices de desemprego. Segundo dados mais recentes divulgados pelo IBGE, a taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2018, está em 13,1%. É o maior percentual trimestral desde maio do ano passado (13,3%) e representa 13,7 milhões de pessoas sem trabalho no país. Ao mesmo tempo em que nos deparamos com tão triste estatística, observamos crescimento considerável do empreendedorismo. São brasileiros que tentaram se recolocar profissionalmente, mas sem sucesso, enxergaram no empreendedorismo a saída para voltar ao mercado de trabalho. Segundo o Sebrae, 11,1 milhões de empresas foram criadas por necessidade nos últimos 3,5 anos no Brasil.   
Aprender a olhar com bons olhos os momentos de crise de nossas vidas não é tarefa fácil, pois exige despertar toda nossa coragem para sair de nossa zona de con­forto. Mas a partir do momento que conseguimos enxergar momentos difíceis como novas possibilidades, o trajeto fica mais fácil e positivamente surpreendente. Esse é um dos temas abordados pelo autor Suryavan Solar, fundador da Organização Cóndor Blanco Internacional, em seu mais recente livro intitulado “As quatro chaves para a realização ilimitada – como usar as tecnologias ancestrais para ser feliz, próspero, cultivar a cultura e a liberdade mesmo quando o mundo parece um caos”.
Para desenvolver um olhar benevolente diante das crises, Suryavan diz ser necessário é deixar de lado rótulos que usualmente associamos a esses momentos como fracasso, catástrofe, negatividade, obscuri­dade, maldição, entre outras. “Em vez de contemplar esses pro­cessos como caminhos através da degradação podemos aprender a vê-los como fontes vibrantes de criatividade, oportunidades para redesenhar nossos sonhos e renascer como uma fênix. Esse foi o caminho trilhado pelas pessoas que decidiram empreender, por exemplo. Infelizmente, nem todos possuem essa perspectiva”.
O autor explica que o primeiro passo para aceitar a realidade é soltar as máscaras, permitir-se ser vulnerável, falar do que sente e receber amparo de nossas redes de apoio. Porém, quan­do o duelo e a aceitação do que sucede já foi elaborado, deve-se dar o segundo passo: olhar as crises com bons olhos.

“Muitas pessoas conseguem aceitar que estão enfrentando uma crise, mas ficam estancadas na negatividade, queixando-se das situações que as oprimem e afligindo-se perante os demais. Neste ponto é necessário cuidar que a aceitação e a vulnerabili­dade não se transformem em vitimização ou negatividade, uma vez que a queixa e a reclamação nos tomam muita energia e poder pessoal, além de desviar do caminho da ousadia. Desenvolver um olhar benevolente exige coragem e valentia, nos permite cultivar a autorresponsabilidade, que é um dos pilares fundamentais da ousadia e nos impulsiona no caminho para transformar as crises em forças criativas”, defende. 

Ao contemplar os desafios a partir de uma nova perspectiva, descobrimos que as crises são oportunidades grandiosas que trazem muitos benefícios se soubermos apro­veitá-las. Um de seus valores mais apreciados é o alinhamento com nosso propósito de vida. 

“As crises são a consciência que nos alinham a nosso destino mais elevado. Quando não escutamos o destino de nossa alma ou perdemos o rumo de nossa missão, a sabedo­ria da vida nos faz um chamado através desses momentos tur­bulentos para nos despertar e reorientar ao nosso propósito. São muitos os testemunhos de pessoas que contam como uma ex­periência de ruptura transformou os rumos de suas vidas. Conheci uma moça que após 17 anos como bancária, foi demitia e resolveu dar uma volta ao mundo com o dinheiro da indenização. Depois da viagem, teve muita dificuldade para encontrar trabalho. Até perceber que poderia fazer de sua experiência pessoal um modo de ganhar a vida”, conta Suryavan. 

Ela começou a organizar pequenos grupos de mulheres para viagens e hoje está muito satisfeita, pois segue viajando e trabalhando com algo que a deixa muito satisfeita, não apenas profissionalmente, mas como ser humano. 

“Se olharmos para essa experiência específica, ela seguiu esse roteiro com muita propriedade. Não se desesperou, não perdeu energia lamentando o desemprego e conseguiu enxergar uma boa oportunidade. Os seres que nos amam tentam nos alertar com seus con­selhos quando nos veem perdidos e desorientados, mas muitas vezes estamos tão enganados por nossos instintos e desejos, pelas emoções baixas e a mente coletiva, que perdemos o olfato ou nos tornamos cegos e surdos ante os sinais da vida. E sem força de vontade ou poder pessoal suficiente para corrigir nos­sos erros, sem o amor necessário para escutar a voz da intuição, carecemos da consciência fundamental para perceber a verdade que nos libera do erro. Então a vida nos ensina através das crises. E se estamos abertos aos sinais, aprendemos”, finaliza.  




Suryavan Solar - Investigador de culturas ancestrais e autor de mais de 50 livros, Suryavan Solar fundou a Organização Cóndor Blanco Internacional há mais de três décadas. Junto com a filha Sol Nyma, redefiniu o método Cóndor Blanco no final da década de 1990, vocacionado a formar seres humanos integrais e apoiar o despertar de seres autônomos. Para isso, utiliza ferramentas ancestrais, adaptadas ao mundo moderno. Suryavan já realizou expedições nas quais resgatou técnicas ancestrais e modernas que o tornaram especialista nas áreas de Naturismo, Liderança, Coaching e Meditação. Com isso, é também instrutor de liderança, meditação e Coaching. Foi nomeado Holy Man (Homem Sagrado) pelos índios Lakota e recebeu ensinamentos do Budismo Tibetano diretamente do Dalai Lama. Atualmente, vive na montanha da Organização Cóndor Blanco, no sul do Chile, meditando, escrevendo, divulgando seus livros e realizando conferências e seminários. Por meio dessas atividades, treinou centenas de aprendizes, dispostos a se tornarem líderes servidores.

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