A avaliação de diversos fatores ajuda a escolher o melhor investimento para cada pessoa
Há cerca de duas décadas, o mercado brasileiro de
capitais começou a se desenvolver rapidamente. Com isso, surgiram vários tipos
de investimentos, permitindo aos investidores aplicarem seu dinheiro em outras
“fontes” além da tradicional caderneta de poupança. Para que cada pessoa
invista de maneira correta, é preciso saber qual é o seu perfil de investidor,
que é analisado por meio de metodologias utilizadas pelas instituições
financeiras. Isso é praticado em diversos países, com apoio da legislação, para
a segurança dos investidores. No Brasil, a prática é regulada pela Instrução da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM) 539.
Os perfis básicos de investidores
Cada perfil de investidor indica qual o tamanho do
risco que a pessoa consegue suportar e, a partir daí, revela quais são os
investimentos ideais para ela. É muito comum que os perfis sejam classificados
em três categorias básicas de risco: conservador, moderado e arrojado. Em
geral, o conservador é o cliente intolerante a qualquer variação negativa em seus
investimentos e na outra ponta o arrojado seria aquele que suportaria uma maior
volatilidade em prol de um retorno esperado maior.
O perigo das generalizações
Segundo Thiago Silva, fundador da Maway Global
Investments “essa generalização dos perfis faz com que muita gente invista de
forma inadequada e menos eficiente. Os conservadores buscam instituições e
produtos tradicionais, mas muitas vezes não levam em considerações outros
aspectos sobre si e seu momento de vida. Enquanto aos considerados arrojados
são ofertados investimentos que muitas vezes os expõem a riscos desnecessários
e nada alinhados com suas características específicas”. Isso pode ser
verificado no seguinte fato: segundo o IBGE, em 2015, a rentabilidade da
poupança foi de 8,5% enquanto a inflação do mesmo período foi de 10,67%. Isso
gerou uma perda do poder aquisitivo e um retorno real negativo de -2,27%
naquele ano. Entretanto, dois anos depois, uma pesquisa realizada pelo Serviço
de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes
Lojistas (CNDL) revelou que 61% dos investidores utilizavam a poupança como
veículo de investimento.
O profissional afirma que o termo risco é usado
muitas vezes de forma generalizada, como se certos tipos de investimento
pudessem trazer apenas um retorno negativo. “Por exemplo, considera-se que
investir em imóveis é algo seguro, enquanto em ações seja arriscado. Isso não é
necessariamente verdade. Um imóvel pode apresentar maior risco de liquidez do
que uma ação de uma grande empresa negociada na bolsa de valores”, declara
Silva.
Observações que fazem diferença
O perfil de risco do investidor não deve ser
tratado como algo estático o tempo todo e que se aplique a todos os cenários.
Vários aspectos particulares devem ser levados em consideração ao se definir
qual investimento é mais adequado para cada pessoa, como o estilo de vida, o
patrimônio e a situação profissional e familiar. Outros fatores que podem
influenciar na escolha de onde investir também precisam ser avaliados, como os cenários
macro e microeconômicos.
Mais importante do que enquadrar um investidor
dentro de uma categoria específica de perfil de risco, é compreender suas
singularidades a fim de criar um portfólio de investimentos que lhe seja
adequado em termos de prazo de utilização dos recursos investidos, custos de
manutenção e aspectos tributários e sucessórios. “Tudo isso deve estar alinhado
às expectativas e aos objetivos financeiros do investidor, para que este tire o
máximo proveito que o seu perfil lhe permite”, finaliza Silva.
Maway
Global Investments
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