Em meados da década de 90 as
empresas passaram por uma grande mudança, oriunda das fusões e aquisições que
aquele período demandou. As estatísticas da época evidenciaram que as maiores
dificuldades para o sucesso - ou a falta dele - nestas aquisições, se deram
pela cultura organizacional. Quase 20 anos se passaram e ainda nos deparamos
com o mesmo paradigma quando falamos em transformação digital.
O primeiro passo
necessário é entender que ser digital não significa ter um site, estar nas
redes sociais ou mesmo ter uma plataforma como um aplicativo. A transformação digital
vai além da tecnologia – ela reinventa o modelo de negócio, a estratégia da
empresa e requer mudanças não apenas de tecnologia e de processos, e sim,
comportamentais. Neste momento, o papel do RH é de extrema importância para
conhecer quais são os novos desafios do negócio e desenvolver e adequar a
cultura organizacional de forma a colaborar que o resultado desejado seja
atingido. Especialistas afirmam que nos próximos 15 anos todas as empresas
serão digitais.
Para isso os CHRS devem
liderar, em conjunto com a equipe de TI, todo o “change manegment” necessário
para a mudança. O que já sabemos é que precisamos nos acostumar com o fato de
que a verticalização das estruturas organizacionais deixarão de existir.
Empresas digitais trabalharão em rede, com equipes horizontalizadas. Os
colaboradores desta nova era são pessoas com maior autonomia, autogerenciáveis,
inovadoras e criativas, orientada a processos, prontos para atuar de forma
sistêmica em uma empresa orgânica e integral.
O cenário empresarial do futuro
é claro: mais de 50% dos empregos que existirão até 2030 ainda não foram
criados. Por isso, as empresas precisam iniciar uma transformação gradual de
postura e exigir que o seu RH esteja alinhado tanto na estratégia, quanto na
sua cultura organizacional para que, durante o processo, o DNA da empresa seja
mantido e a transformação bem-sucedida.
As empresas que não se
transformarem mesmo que de forma gradativa não sobreviverão. A cultura será o
alicerce da transformação digital, que começa por pequenas mudanças como ter um
ambiente diverso, de compartilhamento, comunicação, conhecimento compartilhado
e confiança, com forte senso de colaboração e agilidade.
Transformar-se digitalmente
vai além da tecnologia: trata-se, de pessoas, dessa forma a área de gestão de
pessoas se tornará protagonista, cabe à ela, a responsabilidade de ser inovar
ser estratégica e preparar tanto colaborador quanto empresa, deixando -os
alinhados e preparados para receber o futuro.
Claudia Santos - especialista em gestão estratégica de pessoas,
palestrante, coach executiva e diretora da Emovere You (www.emovereyou.com.br).
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