Pesquisa apontou que 68% dos entrevistados se
automedicam usando a internet como fonte
O acesso a informação através da internet
possibilita o conhecimento de tratamentos, efeitos de medicações e sintomas de
doenças. Pensando na segurança do consumidor, a PROTESTE, associação de
consumidores, realizou uma pesquisa sobre automedicação e descobriu que 79% dos
entrevistados afirmaram já ter buscado informações online sobre saúde, antes de
procurar ajuda médica.
Nesse mesmo grupo, 68% se automedicam tendo a
internet como principal fonte de orientação; 41% dos entrevistados não leem a
bula do medicamento que tomam; e 23% nunca verificam as interações entre
tratamentos antes de ingerir um novo medicamento prescrito. A pesquisa mostrou
ainda que 91% dos entrevistados ingerem ao menos um medicamento por mês, e 86%
nem possuem doenças crônicas para tomar medicações.
Os gastos com fármacos podem aumentar a dispensa
mensal em R$97. O acesso a informação faz com que os consumidores assumam um
papel mais ativo na saúde, podendo alcançar tratamentos e aproveitando melhor
as visitas ao consultório médico. Entretanto, um indivíduo que se automedica
precisa saber as diferenças entre os tipos de tratamento.
As substâncias mais automedicáveis são as que não
precisam de prescrição médica para serem vendidas. Entre elas, analgésicos e antitérmicos.
Mesmo assim, o consumidor deve ficar atento às experiências pessoais
anteriores, e fontes de informação confiáveis, como conselhos dados por
profissionais da saúde, por exemplo.
O uso excessivo dos medicamentos que precisam de
bula para compra também não é recomendado, podendo ser muito perigoso. A
prática pode levar a intoxicações, resistência a bactérias, dependência e até
óbito.
Quando questionados sobre os tipos de medicamentos
comprados sem receita no último ano, os entrevistados citaram
anti-inflamatórios (56%), e antibióticos (35%). Quase metade (49%) dos que
compraram antibióticos argumentaram que seria para tratar sintomas de gripe, 7%
cistite ou infecção urinária e 7% dor de dente.
Dos respondentes, 46% afirmaram que têm sobras de
antibióticos em casa e 38% tomaram ao menos uma vez no ano, sem informar
profissionais da área da saúde. O quadro se agrava quando 40% dos entrevistados
afirmam ter comprado um medicamento prescrito sem apresentar a receita.
A PROTESTE alerta os consumidores para que tomem
cuidado ao confiar em informações disponibilizadas na internet por sites sem
credibilidade. Sites confiáveis como o do Ministério da Saúde e a Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e de hospitais contam com as
seguintes extensões: ".edu" e "gov". Para prevenir os
consumidores de outros males, a associação também alerta para a combinação de
medicamentos e bebidas alcoólicas. Mais informações podem ser entradas no site
da PROTESTE: https://www.proteste.org.br/saude-e-bem-estar/bem-estar/noticia/medicamentos-e-bebidas-alcoolicas
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