Oscilação hormonal e
fator “mãe” pesa na balança para a falta de interesse
A
constante oscilação hormonal durante a gravidez afeta diretamente o desejo da
mulher. Dessa forma, muitas mulheres ficam preocupadas com a falta de vontade
de manter uma vida sexual ativa.
De acordo
com a ginecologista e obstetra, Dra. Erica Mantelli, a placenta é uma das fontes
de produção de hormônio na gravidez e, quando ela é expelida, acontece uma
queda nos níveis hormonais, dando início ao processo de amamentação. “Essa é
uma das explicações pela falta de interesse. É nessa fase que pode ocorrer uma
leve atrofia dos órgãos que dependem de estrogênio, como é o caso da vagina,
que apresenta uma atrofia das mucosas e uma diminuição na lubrificação, o que
causa desconfortos durante a relação sexual ”, explica a médica.
Todavia,
a culpa não é só dessa mudança fisiológica. O fator “mãe” também pesa na
balança e pode influenciar na falta de interesse pelo sexo. “A mãe coloca o
bebê como prioridade, principalmente porque ele é recém-nascido e depende dela,
deixando de lado as vontades do companheiro”, ressalta a ginecologista.
Após o
parto, o ideal é que o casal espere por um período. Entretanto, ambos
devem ter a consciência que o fato de não ter penetração não significa que eles
precisem evitar qualquer tipo de contato. “O ideal é aguardar entre 40 e 60
dias após o parto, já que a mulher libera uma secreção vaginal, a loquiação e,
caso haja um contato sexual com o homem, ambos podem sofrer infecções“,
completa Érica.
É
fundamental frisar que neste resguardo, a penetração pode ser dolorosa, além de
aumentar o risco da mulher desenvolver algum tipo de contaminação no útero pelo
fato do colo do útero não estar completamente fechado. “O segredo é ir devagar,
escolher uma posição confortável, acostumar com as interrupções que podem
acontecer e esquecer as preocupações na hora do sexo”, finaliza.
Dra. Erica Mantelli
- Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro,
com título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Dra Erica Mantelli tem
pós-graduação em Medicina Legal e Perícias Médicas e Sexologia/Sexualidade
Humana pela Universidade de São Paulo (USP). É formada também em Programação
Neurolinguística, por Mateusz Grzesiak (Elsever Institute).
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