O aumento no valor
da conta nesta época do ano é de, em média, 30% ou mais, devido ao uso de
chuveiro, aquecedor, máquina de lavar-louças e torneira aquecida
No dia 21 de junho inicia-se o inverno, período em
que a conta de energia elétrica costuma aumentar, por conta do uso do chuveiro
em potência máxima, um dos aparelhos que mais consome energia em uma casa,
entre outros eletrodomésticos como aquecedor, geladeira, ferro de passar
roupas, lava-louça, máquina de secar roupa, torneira elétrica, entre outros.
Segundo o CEO e especialista em eficiência energética da W-Energy, Wagner Cunha
Carvalho, o chuveiro elétrico é um vilão neste período, pois consome, em média,
30% a mais de energia que nos dias quentes. “O cuidado com o uso do chuveiro
elétrico precisa ser dobrado, pois além do alto consumo de energia, também há o
desperdício de água, já que o tempo do banho costuma ser maior. Isso sem falar
no uso de torneiras aquecidas, máquina de secar roupas e aquecedores”, explica.
No Brasil temos uma média de consumo, por pessoa,
de 180 litros de água por dia, sendo que a indicação é de cerca de 110
litros/dia. “Passamos por uma recente crise hídrica e por isso o recurso merece
toda atenção também nos dias mais frios. Banhos muito longos, uso demasiado da
máquina de lavar roupas ou louças, ainda mais com o uso de água quente, afetam
o setor”, relembra Wagner.
A Agencia Nacional de Energia Elétrica (Aneel)
anunciou que as contas de luz no mês de junho (2018) terão bandeira tarifária
vermelha no patamar 2, o maior patamar entre as faixas tarifárias. Isso
significa uma cobrança extra de cinco reais a cada 100 quilowatts-hora (kWh)
consumidos, outra razão para a economia. Segundo a Aneel, a decisão foi tomada
em razão do fim do período chuvoso e a redução no volume dos reservatórios das
usinas hidrelétricas.
Outra dica importante é estar atento às luzes dos
ambientes, equipamentos de uso intermitente em tomadas, que interferem no
consumo de energia e na eficácia de outros aparelhos. Na escala de maior gasto,
estão o ar-condicionado – na função quente ou fria – e a geladeira, que no
total do consumo de uma casa representa 30%, o chuveiro elétrico 25%, a
iluminação 20%, aparelho de televisão 10%, o ferro elétrico 6%, máquina de
lavar 5% e todos os demais, como micro-ondas, roteadores, etc, 4%. “Um
ponto esquecido é o tipo de iluminação do ambiente. Lâmpadas decorativas podem
consumir bastante energia sem percebermos. A tecnologia LED (Light Emitter
Diode), hoje em dia é uma das mais eficientes e contribui muito para redução do
consumo. As famílias que viajarem neste período do inverno devem desligar o maior
número possível de aparelhos e colocar a geladeira em potência baixa, pois
mesmo na opção de stand by, apresentam consumo”, finaliza o especialista.
Wagner
Cunha Carvalho - Administrador de Empresas, especialista em
Sustentabilidade - Eficiência Energética e Hídrica. É diretor de
relacionamentos e negócios da empresa W-Energy e possui larga experiência
em gerenciamento de grandes projetos nos segmentos Comerciais, Industriais,
Saúde e de Infraestrutura. Membro do Instituto para a valorização da Educação e
da Pesquisa no Estado de São Paulo (IVEPESP). Participou ativamente do
desenvolvimento da sustentabilidade em nosso país, por meio da geração de
grandes resultados coordenando projetos para empresas de diversos segmentos do
mercado.
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