Esqueça a questão da obrigatoriedade e
de cotas. A diversidade deve ser encarada como uma estratégia de negócio. Em um
cenário como o atual, com concorrência acirrada, disputa de talentos e economia
instável, quanto mais diverso for o time, mais fácil chegar aos resultados
esperados. Um estudo sobre o tema realizado pela consultoria McKinsey com mais
de mil empresas em 12 países, mostra que as companhias com times de executivos
com maior variedade de perfis são mais lucrativas. De acordo com o estudo, as
organizações com maior diversidade de gênero têm 21% mais chances de apresentar
resultados acima da média do mercado. No caso da diversidade cultural e étnica,
esse número sobe para 33%.
Para atrair e reter pessoas de perfis
diferentes, as companhias têm apostado em pacotes de benefícios atrativos. Há
desde as que oferecem berçário para os funcionários que precisam levar seus
filhos ao trabalho e política bem estruturada de home office, até
licença-maternidade de seis meses para casais do mesmo sexo que decidam adotar
ou ter um filho. Outra prática que está se tornando comum é atrelar as
remunerações variáveis dos executivos aos objetivos de diversidade e inclusão.
Mas, para que todo esse trabalho seja
efetivo, a estratégia de diversidade precisa estar na agenda da liderança da
empresa, com ações de conscientização com os líderes sobre a importância da
diversidade para o negócio. E há muito benefícios.
Nos Estados Unidos
diversidade é sinônimo de inovação. Por lá, além dos critérios tradicionais de
um processo seletivo, as empresas consideram raça, gênero, países de origem e
orientação sexual. Para elas, permitir um ambiente de aprendizado diverso
enriquece o conteúdo das discussões, já que pessoas de diferentes contextos
trazem pontos de vista nem sempre óbvios para a equipe.
Buscar pessoas com ideias,
conhecimentos e repertório diferentes ajuda a destacar a companhia no mercado e
a construir um núcleo de criatividade, com a oferta de produtos e serviços que
atendam a todas as classes e tipos de pessoas.
Mariane Guerra - vice-presidente de Recursos Humanos
Latam na ADP.
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