Está para começar um dos maiores espetáculos esportivos do mundo, a Copa
do Mundo, que esse ano ocorre na Rússia. O evento, que tem início no próximo
dia 14 de junho, reunirá grandes atletas, assim como amantes do esporte, de
todo o mundo para jogar, torcer, se emocionar e competir pelo título de melhor
do mundo.
Apesar de toda a atenção despendida ao jogadores, e muitas vezes para a
beleza das arenas, muitos deixam de lado um dos aspectos mais importantes,
tanto da construção quanto em influência para o resultados dos próprios jogos.
Falo do gramado. Em princípio, a grama nada mais é do que o pano de fundo onde
o espetáculo se desenrola. Mas, a verdade é que ela muda o rumo do jogo, e
determina os lances tanto quanto os atletas.
O gramado influencia diversos aspectos da competição. A rolagem da bola
é bem diferente em um gramado natural e em um artificial. A grama artificial
altera o rendimento, e a consequência é que o atleta precisa de adequar a isso
para render bem nos diferentes tipos de situação.
A grama artificial também pode prejudicar o jogador por queimar sua pele
em uma eventual queda. Ela retém muito calor, e a irrigação serve para ajudar a
resfriá-la. Porém, não dá para irrigar enquanto ocorre um jogo. Ou seja,
durante a partida ela retém calor e pode causar problemas. Já a grama natural
demanda de 3 a 6 litros de água por m² por dia, sendo que a irrigação funciona
de 2 a 3 vezes em um mesmo dia.
Junte os problemas práticos de jogo e o rendimento alterado dos atletas,
temos aí um fator determinante no esporte. Preocupados com isso, houve
investimentos pesados em grama e irrigação nas últimas Copas. Em 2014, arenas
como o Estádio Sport Club Corinthians Paulista, a Arena Itaquerão, o Estádio
Jornalista Mário Filho, nosso Maracanã, e o Estádio Palestra Itália, assim como
mais de 20 outros estádios receberam uma atenção especial em seus projetos de
irrigação do gramado.
Todos esses estádios se utilizaram de tecnologia de irrigação baseado no
aproveitamento de água da chuva, para diminuir o impacto nos reservatórios
municipais. Tiveram também atenção especial ao tipo de grama usado para
favorecer o esportista, e uma preocupação em utilizar os melhores fornecedores.
Sei disso porque estava em cada um desses projetos com a Regatec, empresa
pioneira em sistemas de irrigação no Brasil.
Nesse ano, a Rússia optou pelo mesmo fornecedor que a Regatec utilizou
aqui no Brasil, a Rain Bird. Lá, nove entre doze arenas usadas na competição,
possuem a mesma tecnologia que usamos aqui. Quem pratica o esporte ou entende
do mesmo em âmbito profissional, nota a diferença.
Para os leigos, isso pode passar batido, mas como quase tudo, a beleza
que é vista em campo vem de alta tecnologia e de um trabalho de qualidade. É
preciso voltar os olhos a esses detalhes, pois na maioria dos casos, a grama é
essencial e impacta diretamente no resultado dos jogos. O desenrolar de um jogo
bonito de se ver no campo depende primordialmente de um gramado bem cuidado,
tecnológico e sustentável.
Danny
Braz - engenheiro civil, consultor internacional com foco em construções
verdes e diretor geral da empresa Regatec.
Nenhum comentário:
Postar um comentário