Com rápida evolução doenças afetam o sistema
nervoso central e podem levar os cavalos ao óbito
O
Espírito Santo, um dos principais estados do eixo equestre do país, registrou
um caso de Febre do Nilo Ocidental (FNO). A enfermidade foi identificada em uma
propriedade em São Mateus, no Norte do Estado. Para conter os avanços do vírus
na região, os casos suspeitos são monitorados.
A
doença é causada por um vírus do gênero Flavivirus.
A transmissão para os cavalos e humanos acontece por meio da picada
de mosquitos contaminados, principalmente o Culex,
popularmente conhecido como pernilongo. Os hospedeiros do vírus são
aves silvestres que atuam como fonte de infecção para os insetos.
A
Febre do Nilo é uma zoonose registrada principalmente em países da Europa,
Estados Unidos e na América Central. A doença age diretamente na corrente
sanguínea chegando rapidamente ao cérebro e à medula espinhal provocando
sintomas como febre, falta de coordenação motora, andar cambaleante, cegueira,
cabeça baixa, orelhas caídas e apatia.
“O
impacto dessa enfermidade está diretamente ligado aos efeitos neurológicos
graves e potencialmente fatais que causa nos equinos. O agravante nesse caso é
que não existe uma vacina que possa proteger os cavalos do vírus do Nilo, mas é
importante ressaltar que os equinos não são transmissores da doença. Eles são
apenas hospedeiros acidentais que apresentam baixa viremia, por isso, não tem
potencial para contaminação de outros animais”, explica a Médica-Veterinária e
Gerente de Linha da Unidade de Equinos da Ceva Saúde Animal, Baity Leal.
Encefalomielite
Equina
Outra
enfermidade que vem preocupando os produtores do Espírito Santo é a
encefalomielite equina. Os cavalos infectados sofrem com quadros clínicos
neurológicos de rápida evolução que comumente levam ao óbito. Causada por
um alphavírus, que
se aloja no sistema nervoso central, a enfermidade é dívida em três grupos:
leste (EEE), oeste (WEE) e venezuelana (VEE), o último é considerado raro no
território brasileiro.
A
transmissão ocorre quando os equinos são picados por mosquitos das espécies Aedes spp e Culex spp infectados. Por
ser zoonótica, a enfermidade pode afetar também os humanos. Um cavalo infectado
dentro da tropa serve como fonte de contaminação de outros animais e humanos.
A
encefalomielite equina traz uma série de prejuízos relacionados aos gastos com
tratamento e as altas taxas de morbidade. O diagnóstico inicial é complexo,
pois os equinos acometidos apresentam sintomas difusos que podem ser
confundidos com outras doenças. A sintomatologia inclui andar em círculos,
pressionar a cabeça contra objetos, ataxia, incoordenação motora e mudanças
comportamentais. Na fase aguda da infecção é comum o cavalo ficar em decúbito
lateral debatendo desordenadamente os membros.
Para
proteção contra Encefalomielite Equina, a Ceva Saúde Animal conta em seu portfólio
com a TRI-EQUI®. A vacina tríplice imuniza os cavalos contra a enfermidade e
também oferece proteção para tétano, e influenza equina I e II. “A melhor forma
de proteger os animais é a vacinação, pois dificilmente um animal contaminado
irá sobreviver ou recuperar totalmente o seu desempenho. Além disso, a
imunização é uma ferramenta estratégia importante para proteção da tropa, pois
quanto maior o número de animais vacinados contra a encefalomielite equina,
menor a circulação do vírus na propriedade”, afirma Baity.
Não
há um tratamento específico para encefalomielite equina, os animais acometidos
devem receber suporte com fluidoterapia e analgésicos, e os casos devem ser
notificados para os órgãos sanitários da região.
Ceva
Saúde Animal
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