sábado, 23 de junho de 2018

Alimentação adequada evita o refluxo gastroesofágico



Nutricionista do Hospital Dom Alvarenga dá dicas importantes para evitar que o estômago produza suco gástrico em excesso


Queimação, azia, dor ao engolir, regurgitação e ardor na garganta e boca são os principais sintomas da doença do refluxo em adultos. Já nas crianças a doença pode causar sono agitado, vômitos constantes, dificuldade para mamar, irritação e choro excessivo, rouquidão – a laringe inflama devido à acidez do estômago - , dificuldade para ganhar peso e inflamações frequentes nos ouvidos.

De acordo com Evelyn Teixeira, nutricionista do Hospital Dom Alvarenga, a alimentação adequada é recomendável, porque evita que o refluxo aconteça, poupando que o estômago produza suco gástrico em excesso. “Para quem tem refluxo, deve-se aumentar a ingestão de fibras, apoiar bactérias saudáveis com alimentos ricos em probióticos, além da proteína de alta qualidade que também ajuda a proteger o trato digestivo. Esses nutrientes reduzem fatores de risco como inflamação, obesidade e complicações ligadas a doenças crônicas graves”, explica a nutricionista.

“Quando for comer, evite alimentos pesados ou gordurosos e nunca faça isso com roupas apertadas demais. Além disso, como qualquer tabela nutricional, é mais viável comer em pequenas porções e com mais frequência do que o inverso”, alerta Evelyn.

Confira abaixo algumas dicas importantes para evitar o refluxo.

Cuidados essenciais:
  • Comer em menores quantidades a cada 2 ou 3 horas;
  • Aumentar o consumo de frutas e legumes;
  • Aumentar o consumo de produtos integrais, ricos em fibras;
  • Preferir carnes magras, peixes, leite e derivados desnatados;
  • Evitar beber líquidos durante as refeições;
  • Evitar comer de 2 a 3 horas antes de se deitar;
  • Evitar deitar ou fazer exercícios logo após as refeições.

Os alimentos que devem ser evitados na dieta para refluxo são:

  • Gordura: frituras, carnes vermelhas, salsicha, linguiça e bacon, pois o excesso de gordura faz com que a comida fique mais tempo no estômago, aumentando a chance de refluxo;
  • Cafeína: café, chás e chocolate, pois estimulam o estômago, favorecendo o refluxo;
  • Bebidas alcoólicas: irritam o estômago e aumentam o refluxo;
  • Bebidas gaseificadas: refrigerantes e água com gás, pois aumentam a pressão dentro do estômago;
  • Pimenta: irrita o estômago e aumenta a acidez;
  • Carboidratos simples: farinha, macarrão e pão, pois diminuem a força do esfíncter que fecha a passagem entre o estômago e o esôfago.


Frutas cítricas

  • O consumo de frutas cítricas deve ser evitado (uva, abacaxi, laranja, limão etc.), a acidez dessas frutas pode aumentar o pH do suco gástrico do estômago.


Hábitos que precisam ser evitados

Adultos 

  • Uso de cigarro, a nicotina relaxa o músculo do esôfago, o que se torna um grande problema.
  • Consumo de chicletes e doces duros pode aumentar a quantidade de ar que entra no estômago, por isso, não são recomendados.
  • Comer e logo após deitar, não é um hábito saudável, esperar em torno de 2h após a refeição para se deitar.
  • Sobre uma noite de sono, o mais aconselhável é que se eleve a cabeceira da cama em 15 centímetros para uma melhor qualidade do sono e de preferência dormir do lado esquerdo, onde está o estômago, pode trazer alívios.
  • Uso de cintos e roupas apertados também deve ser evitados.


Crianças 

  • Colocar o bebê na vertical após a mamada.
  • Deitar o bebê de barriga para cima com a cabeceira do berço levantada.
  • Evitar balançar o bebê após a mamada.
  • Evitar vestir roupas apertadas.

Para finalizar, a nutricionista do Hospital Dom Alvarenga reforça que a obesidade amplia as possibilidades da pessoa ter refluxo, por aumentar a pressão abdominal. “Toda condição que aumente a pressão abdominal, aumenta a possibilidade da ocorrência do refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago”.



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