Nutricionista do Hospital Dom Alvarenga
dá dicas importantes para evitar que o estômago produza suco gástrico em
excesso
Queimação,
azia, dor ao engolir, regurgitação e ardor na garganta e boca são os principais
sintomas da doença do refluxo em
adultos. Já nas crianças a doença pode causar sono agitado, vômitos constantes,
dificuldade para mamar, irritação e choro excessivo, rouquidão – a
laringe inflama devido à acidez do estômago - , dificuldade para ganhar peso e
inflamações frequentes nos ouvidos.
De acordo com Evelyn Teixeira, nutricionista do
Hospital Dom Alvarenga, a alimentação adequada é recomendável, porque evita que
o refluxo aconteça, poupando que o estômago produza suco gástrico em excesso.
“Para quem tem refluxo, deve-se aumentar a ingestão de fibras, apoiar
bactérias saudáveis com alimentos ricos em probióticos, além da proteína
de alta qualidade que também ajuda a proteger o trato digestivo.
Esses nutrientes reduzem fatores de risco como inflamação, obesidade e
complicações ligadas a doenças crônicas graves”, explica a nutricionista.
“Quando for comer, evite alimentos pesados ou
gordurosos e nunca faça isso com roupas apertadas demais. Além disso, como
qualquer tabela nutricional, é mais viável comer em pequenas porções e com mais
frequência do que o inverso”, alerta Evelyn.
Confira abaixo algumas dicas importantes para evitar o refluxo.
Cuidados
essenciais:
- Comer em menores quantidades a cada 2 ou 3 horas;
- Aumentar o consumo de frutas e legumes;
- Aumentar o consumo de produtos integrais, ricos em fibras;
- Preferir carnes magras, peixes, leite e derivados desnatados;
- Evitar beber líquidos durante as refeições;
- Evitar comer de 2 a 3 horas antes de se deitar;
- Evitar deitar ou fazer exercícios logo após as refeições.
Os
alimentos que devem ser evitados na dieta para refluxo são:
- Gordura: frituras, carnes vermelhas, salsicha, linguiça e bacon, pois o excesso de gordura faz com que a comida fique mais tempo no estômago, aumentando a chance de refluxo;
- Cafeína: café, chás e chocolate, pois estimulam o estômago, favorecendo o refluxo;
- Bebidas alcoólicas: irritam o estômago e aumentam o refluxo;
- Bebidas gaseificadas: refrigerantes e água com gás, pois aumentam a pressão dentro do estômago;
- Pimenta: irrita o estômago e aumenta a acidez;
- Carboidratos simples: farinha, macarrão e pão, pois diminuem a força do esfíncter que fecha a passagem entre o estômago e o esôfago.
Frutas cítricas
- O consumo de frutas cítricas deve ser evitado (uva, abacaxi, laranja, limão etc.), a acidez dessas frutas pode aumentar o pH do suco gástrico do estômago.
Hábitos que precisam ser
evitados
Adultos
- Uso de cigarro, a nicotina relaxa o músculo do esôfago, o que se torna um grande problema.
- Consumo de chicletes e doces duros pode aumentar a quantidade de ar que entra no estômago, por isso, não são recomendados.
- Comer e logo após deitar, não é um hábito saudável, esperar em torno de 2h após a refeição para se deitar.
- Sobre uma noite de sono, o mais aconselhável é que se eleve a cabeceira da cama em 15 centímetros para uma melhor qualidade do sono e de preferência dormir do lado esquerdo, onde está o estômago, pode trazer alívios.
- Uso de cintos e roupas apertados também deve ser evitados.
Crianças
- Colocar o bebê na vertical após a mamada.
- Deitar o bebê de barriga para cima com a cabeceira do berço levantada.
- Evitar balançar o bebê após a mamada.
- Evitar vestir roupas apertadas.
Para finalizar, a
nutricionista do Hospital Dom Alvarenga reforça que a obesidade amplia as
possibilidades da pessoa ter refluxo, por aumentar a pressão abdominal. “Toda
condição que aumente a pressão abdominal, aumenta a possibilidade da ocorrência
do refluxo do conteúdo do estômago para o esôfago”.
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