Mais de 29% dos entrevistados indicaram o
medo de ficarem sozinhos como a primeira preocupação
O
abandono e a dependência dos familiares são as primeiras coisas que passam pela
cabeça dos brasileiros quando questionados sobre seu envelhecimento - é o que
uma pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia –
São Paulo (SBGG-SP), em parceria com a Bayer, aponta. De acordo com o
levantamento, mais de 29% das pessoas indicaram ter medo de ficarem sozinhas,
enquanto que o restante apontou a dependência financeira, perda dos sentidos,
doenças graves, dependência do Sistema Único de Saúde (SUS) e problemas
mentais.
De
acordo com a Presidente da SBGG-SP, a geriatra Maisa Kairalla, tanto o receio
quanto a associação dessas condições com a terceira idade podem estar
relacionados ao atual cenário em que os mais velhos se encontram. Em 2017 a
Secretaria de Direitos Humanos registrou 33.133 mil denúncias de agressões e
maus-tratos contra idosos. Entre as reclamações frequentes estão negligência,
abuso financeiro, violência física e psicológica.
“Nossos
receios quanto à velhice ocorrem porque tememos o que costumamos ver hoje ou no
passado, acontecendo com nossos pais e avós, mas esse ciclo não precisa se
repetir. Se eu tenho medo de ficar doente e precisar me mudar para um asilo é
prudente que eu tome medidas para evitar que essa seja minha realidade”,
explica a especialista.
Separamos
abaixo 5 medidas que podem ser tomadas para conquistar um envelhecimento
saudável, com a autonomia, saúde e bem-estar ao longo da terceira idade
preservados:
Alimentação
Manter
uma alimentação saudável é o mantra que ouvimos durante toda a vida para
preservar a saúde, mas na maioria das vezes o envelhecimento traz consigo novas
necessidades de vitaminas e nutrientes, como a suplementação do cálcio para a
prevenção da osteoporose, por exemplo. Por isso, vale a consulta com um
especialista para avaliar quais alimentos podem ser usados a favor do corpo
nessa nova fase.
Atividade física
Muitas
vezes, por ser associada ao emagrecimento e ganho muscular, as pessoas
abandonam a prática de exercícios físicos conforme envelhecem, mas na verdade a
doutora ressalta que o correto seria fazer exatamente o oposto. “Praticar
exercícios é um dos principais componentes para envelhecer com saúde, isso
porque protege contra o ganho de peso e, consequentemente contra as doenças
crônicas, além de promover inúmeros benefícios ao esqueleto e musculatura do
organismo”, explica.
Monitoramento da saúde
Não
é à toa que os mais velhos frequentam o médico de forma mais regular, e essa
prática não está errada. Ficar de olho na saúde, com visitas periódicas ao
geriatra e realização de exames de rotina é o mais indicado para identificar a
deterioração do corpo e prover os cuidados que ele exige.
No
entanto, homens e mulheres se esquecem que mesmo após a andropausa e a
menopausa é importante visitar também o urologista e ginecologista. “Existem
problemas de saúde que mesmo após o período fértil do homem e da mulher podem
aparecer, como é o caso do prolapso da bexiga e a hiperplasia benigna da
próstata, e são justamente esses especialistas que farão a detecção precoce
dessas condições”, reforça Maisa.
Saúde mental
Além
da atividade física, é importante manter outras atividades ativas. A pratica da
leitura, jogos de memória e quizes são particularmente efetivos na manutenção
da saúde mental. “Principalmente para pacientes que têm histórico familiar
de problemas como o alzheimer e doenças degenerativas, essas atividades podem
auxiliar no retardo da manifestação”, explica.
Convívio social
Aproxime-se
de pessoas que tenham interesses em comum e reforce os laços com aquelas que já
estão em sua vida. “O melhor remédio contra a depressão e o abandono, que
são os principais motivos de medo da velhice, é justamente se cercar de
pessoas, encontrar amigos e sair mais, viver mais. Não há razão para achar que
a velhice deve ser dentro de casa”, completa a geriatra.
Bayer
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