Vivermos
em um mundo cada vez mais conectado, e, apesar disso, é crescente o número de
pessoas que se sentem solitárias e, mesmo tendo diversos contatos diários, não
conseguem estabelecer relações sociais verdadeiras. Esse paradoxo se reflete
nas esferas pessoal e profissional, e pode causar uma série de prejuízos para a
saúde mental e para a produtividade.
Pesquisadores
da consultoria americana Gallup já constataram que, quando os funcionários de
uma empresa conseguem estabelecer boas conexões no ambiente de trabalho,
aumentam a autoestima e a eficiência das suas atividades. Do contrário, quando
estão isolados e pouco engajados, eles apresentam maiores níveis de estresse,
ansiedade e insatisfação.
Em muitos
casos, os gestores e líderes são os principais afetados por essa “solidão” no
mundo corporativo, já que a ascensão na carreira vem, muitas vezes, acompanhada
de um distanciamento da equipe. Como precisam tomar decisões estratégicas que
nem sempre podem ser compartilhadas, eles acabam criando uma barreira que
impede uma maior aproximação e pode gerar más interpretações.
Ainda é
comum a ideia equivocada de que um líder não pode se aproximar de seus
subordinados. Essa ação pode gerar uma sensação de isolamento e incompreensão.
No entanto, para que uma empresa tenha melhores resultados e consiga promover o
engajamento da equipe, é essencial que o chefe construa uma boa dinâmica com
todos os membros do grupo. Afinal, quando existe uma relação de admiração e
confiança, todos se sentem muito mais à vontade para expor opiniões, propor
novas ideias e contribuir para o crescimento da companhia.
Por isso,
é fundamental que as empresas coloquem o engajamento de seus funcionários como
uma de suas prioridades. Estimular as conexões sociais e a aproximação entre as
equipes é também uma forma de investir no futuro dos negócios e garantir que
todos estejam em sinergia.
Estamos
na era das empresas colaborativas, horizontalizadas e menos hierárquicas, que
valorizam uma cultura de cooperação e integração em vez de estimular a
competitividade. Para que elas continuem a crescer, é preciso fazer uma mudança
radical no ambiente de trabalho e investir cada vez mais em recursos humanos –
os principais responsáveis pelo sucesso ou pelo fracasso de um empreendimento.
Claudia Santos - especialista em
gestão estratégica de pessoas, palestrante, coach executiva e diretora da
Emovere You (www.emovereyou.com.br).
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