Avaliação verifica teor alcoólico e a cor, entre outros itens, de marcas consumidas pelos brasileiros
O
Brasil ocupa o terceiro lugar no ranking mundial de produção de cerveja. São
produzidos cerca de 12,4 bilhões de litros de cerveja ao ano. Sabendo do apreço
que os brasileiros têm por essa bebida e sua alta popularidade, a PROTESTE,
associação de consumidores, avaliou 11 marcas de cerveja do tipo Pilsen,
comercializadas em lata de 350 ml.
Os
resultados foram positivos, tanto com as cinco marcas líderes de mercado (Skol,
Brahma, Itaipava, Antarctica e Schin) como com as outras seis analisadas
(Bohemia, Bavaria, Heineken, Stella Artois, Budweiser e Proibida).
No
que se refere aos preços, a Bavaria e a Nova Schin foram consideradas as mais
baratas na maioria dos lugares pesquisados (a partir de R$ 1,79/lata). Já as
mais caras foram as marcas Heneiken (R$ 3,42/lata, preço mínimo) e Stella
Artois (R$ 2,79/lata, preço mínimo).
Neste
teste, a associação avaliou o teor real de álcool comparando com o
rotulado. Para as Lager e Pilsen, geralmente, esse nível varia entre
1,5 a 5% vol., o que foi observado entre as marcas avaliadas. Todos os produtos
também apresentaram quantidades iguais ou muito próximas daquelas que indicavam
no rótulo, atendendo a legislação que permite uma variação de +0,5% vol. no
conteúdo alcoólico.
Além
disso, não foram encontrados problemas em relação ao extrato primitivo do mosto
(quantidade de substâncias, com exceção da água, que deu origem à cerveja).
Embora a legislação não defina a Pilsen, a associação acredita que ela deva
fazer parte da categoria “cervejas comuns”, cujo extrato primitivo deve variar
entre 10,5% a 12,5% do peso líquido. Todas as marcas testadas atenderam a esse
critério e apresentaram classificação semelhante sem ultrapassar 11,63%.
A
acidez (pH) das bebidas também foi avaliada, já que a mesma pode influenciar no
sabor. Apesar de não constar na legislação, os níveis foram comparados a
estudos de outros países e nenhuma marca apresentou qualquer problema.
As
marcas avaliadas também atendem aos parâmetros de cor e volume de
ar na embalagem. Maiores quantidades de oxigênio na lata favorece a
oxidação do produto, o que pode levar a alteração do sabor e do aroma da
bebida. Vale dizer que as empresas com um bom sistema de enchimento conseguem
quantidades inferiores a 0,5 ml de ar por cada recipiente. As marcas testadas
surpreenderam com resultados entre 0,06ml e 0,09 ml.
Produtos
possuem pouco sódio
Apesar
do sal ser um fator de risco para doenças vasculares, o baixo índice da
substância em cervejas pode apontar o uso de água desmineralizada – o que não é
bom. A melhor opção é que bebidas contenham um teor mínimo de 15mg/l. E nisso,
as amostras se saíram bem, variando de 24,83 a 133mg/l.
Os
rótulos das latas foram analisados quanto à clareza das informações, assim como
pede o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e, todas as latas continham as
informações obrigatórias. A data de fabricação foi encontrada apenas na cerveja
Budweiser e os dados nutricionais, na Bavaria e na Heineken. Apesar de não ser
obrigatório por lei, a PROTESTE cita essas informações como importantes na hora
da escolha do consumidor.
A
associação ainda procurou identificar a presença de organismos geneticamente
modificados (OGMs) e mediu a quantidade de nitrosaminas (que podem ser
produzidas durante o processo de maltagem e pode causar câncer). E a boa
notícia é que os valores de nitrosaminas encontrados não colocam em risco a
saúde do consumidor e todas as cervejas estão livres de OGMs.
Para
terminar, foi analisado o volume de gás carbônico, responsável pela espuma da
cerveja e pela sensação de saciedade. As amostras apresentaram quantidade
mediana do gás. A análise, porém, é subjetiva e por isso não contou pontos para
a avaliação final.
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