Um
dos cânceres mais comuns em mulheres após os 55 anos, a doença apresenta
grandes chances de cura. Dra. Michelle Samora, oncologista do Centro de
Oncologia do Hospital 9 de Julho, alerta para sintomas
Você sabia que,
embora silencioso, o câncer de endométrio dá sinais que podem ser
identificados? Ele ocorre em 95%* dos casos de cânceres de útero e, em geral,
atinge mulheres acima de 55 – 60 anos. Sangramento vaginal, dor pélvica e na
relação sexual são alguns dos sintomas. Segundo dados do Instituto Nacional de
Câncer (INCA), são esperados mais de 6 mil casos da doença para 2018 no Brasil.
O desenvolvimento do
câncer de endométrio causa, em 90% das pacientes, sangramento vaginal. A Dra.
Michelle alerta que o mais importante é que a paciente fique atenta aos sinais
e entenda que nenhum sangramento deve ser ignorado. Entre os fatores de risco
para o câncer de endométrio destacam-se: a menopausa tardia, a primeira
menstruação precoce, nunca ter tido filhos, uso de reposição hormonal,
obesidade, diabetes e síndrome do ovário policístico.
É importante prestar
atenção aos sinais do corpo e procurar ajuda médica, em qualquer idade, em caso
dos seguintes sintomas que listamos a seguir. Confira:
·
Sangramento
vaginal: é o principal sintoma de câncer de endométrio. Na pós-menopausa
pode ter outras causas, como atrofia (afilamento) do endométrio ou uso de
reposição hormonal. Entre 50 e 59 anos, 9% das pacientes com sangramento
vaginal são diagnosticadas com câncer de endométrio. Acima dos 80 anos, o
sangramento vaginal é causado pelo câncer de endométrio em 60% das pacientes.
Qualquer sangramento vaginal, em qualquer idade, deve ser um sinal de alerta e
necessita de avaliação médica. Segundo a Dra. Michelle, a chance de se tratar
de câncer de endométrio aumenta com o avançar da idade.
Dispareunia (Dor
durante a relação): a doença também provoca incômodos durante as relações sexuais,
o que causa desconforto físico e retração do desejo sexual. Este sintoma pode
estar presente em fases avançadas da doença.
A Dra. Michelle
enfatiza que é uma doença com até 80% de chance de cura, dependendo do caso. As
opções de tratamento do câncer de endométrio dependem do tipo e estágio da
doença. A maioria das mulheres é diagnosticada em fases iniciais, com 85% das
pacientes diagnosticadas em estágio I ou II. O tratamento nesta fase da doença,
geralmente envolve a retirada cirúrgica do útero, ovário e tuba uterina.
Hoje já sabemos que a
cirurgia minimamente invasiva, por videolaparoscopia ou robótica, é segura e
com excelentes resultados oncológicos. “O mais importante é que a paciente
fique atenta aos sinais, entenda que nenhum sangramento deve ser ignorado e que
o acompanhamento ao ginecologista, mesmo depois da menopausa, deve ser
regular”, finaliza a especialista.
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