quinta-feira, 3 de maio de 2018

Maio Roxo: conheça a doença de Crohn


O mês reforça a conscientização a respeito da importância de falar sobre doenças inflamatórias intestinais


O mês de maio é representado pela cor roxa para mobilizar a população sobre as doenças inflamatórias intestinais, que envolve também a doença de Crohn - ligada às questões genéticas e hereditárias. O histórico familiar pode aumentar as chances do seu surgimento em até 10 vezes, de pais para filho ou de ascendentes para descendentes.

A doença de Crohn trata-se de uma inflamação crônica que afeta diretamente o sistema digestivo, podendo atingir desde a região da boca até o ânus, explica João Paulo Barbosa, gastroenterologista do Hapvida Saúde. “Os sintomas mais comuns são dor abdominal, principalmente na região inferior à direita, diarreia crônica, sangue nas fezes, perda de peso e fadiga”, diz.

Ainda que as causas não sejam conhecidas, o especialista explica sobre as reações mais possíveis da patologia. “Acredita-se que os fatores ambientais, a microbiota intestinal e a imunidade do hospedeiro, interagem para iniciar e perpetuar o processo inflamatório na mucosa do trato gastrointestinal em indivíduos predispostos geneticamente”, esclarece Barbosa.

O estresse e a ansiedade fazem parte do dia a dia, mas seus níveis elevados favorecem diversos problemas clínicos, inclusive os intestinais. Por isso, podem ser considerados fatores psicológicos relacionados ao quadro evolutivo. “Estes sentimentos podem servir de gatilho para o surgimento em indivíduos predispostos ou estimular a recaída em quem já possui o diagnóstico. Entende-se que o estresse envolve a desregulação imunológica, o que deixaria o paciente mais sensível”, completa o especialista.

O tratamento é realizado com medicamentos imunossupressores e imunomoduladores. Já na fase aguda são utilizados os corticoides e nos casos mais graves, pode ser conveniente uma intervenção cirúrgica. “Vale lembrar que a indicação do tratamento deve ser sempre compartilhada entre o clínico e o cirurgião”, conclui Barbosa.

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