segunda-feira, 28 de maio de 2018

Gripe pode aumentar o risco de infarto e problemas cardiovasculares


 Especialista faz alerta sobre a importância de cuidar das infecções respiratórias e da vacinação


Em épocas mais frias, os casos de gripe e problemas respiratórios aumentam e é preciso ficar atento aos sintomas. De acordo com um estudo recente publicado na revista The New England Journal of Medicine, pessoas que já convivem com alterações cardíacas têm um risco maior de sofrer infarto quando estão contaminadas pelo vírus, isso porque a gripe favorece o desenvolvimento de infecções. 

De acordo com o cirurgião cardíaco de São Paulo, Dr. Marcelo Sobral, a doença coronariana é inflamatória e quando a pessoa sofre com a gripe essa situação pode se agravar, causando outras complicações, como o infarto. “Uma pessoa que apresenta problemas cardiovasculares e é infectada pelo vírus influenza precisa tratar a infecção o mais rápido possível, já que o vírus vai para o coração e provoca inflamação do músculo cardíaco. Como consequência, o coração não bombeia direito e a pessoa pode ter uma morte súbita, já que o corpo não recebe oxigênio necessário’’, explica o especialista.

Outro problema comum nessa época é a ingestão de antigripais sem acompanhamento médico por pacientes idosos, hipertensos ou portadores de cardiopatias. O uso sem indicação e acompanhamento do cardiologista pode agravar as doenças cardiovasculares. “Os remédios antigripais podem elevar a pressão arterial e ocasionar doenças como a insuficiência cardíaca, insuficiência coronariana e miocardite”, ressalta Sobral.

Para aproveitar esse período sem arriscar a saúde é importante manter a vacinação em dia, principalmente contra influenza, reforçar a higiene frequente das mãos e ter um acompanhamento médico de rotina. Além disso, manter hábitos de vida saudáveis, como uma dieta balanceada, dormir bem e se exercitar são atitudes importantes de prevenção. “Dessa maneira, o sistema imunológico permanece forte durante os dias mais frios, o que evita a fácil contaminação pelo vírus da gripe, além de dispensar o uso de medicações”, finaliza Sobral.


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