Consultora
da Page Talent esclarece dúvidas comuns de estudantes
Quando estamos na faculdade é muito comum ouvirmos falar
do tal processo seletivo de trainee e piadas culpando o estagiário por erros em
jornais. Mas qual a real diferença entre os dois? Você precisa fazer os dois
para ser bem-sucedido na sua carreira? Muitos acham que estágio é mais fácil de
conseguir pois é “mão de obra barata” ou ainda que, pelo processo seletivo, os
trainees têm pessoas mais qualificadas que os estágios. Mas realmente, quem é
quem na sua carreira e como identificar qual é o seu momento?
Vamos começar pelo estágio: pela Lei nº 11.788, de 25 de
setembro de 2008, o estágio “é ato educativo escolar supervisionado,
desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa à preparação para o trabalho
produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino regular em
instituições de educação superior, de educação profissional, de ensino médio,
da educação especial e dos anos finais do ensino fundamental, na modalidade
profissional da educação de jovens e adultos”, ou seja, a intenção do estágio é
ensinar na prática aquilo que é visto na teoria na escola ou universidade, a
sua jornada máxima é de oito ou seis horas por dia dependendo do curso, podendo
também, as vezes, ser de apenas quatro horas.
“A grande função de um estagiário é aprender e ajudar seu
gestor. Quando você entra para um estágio em uma empresa, não é esperado que
você tenha experiência. Suas responsabilidades são de auxiliar e,
principalmente, aprender sobre a área onde atua, sendo que um estagiário tem
seu contrato por lei com duração de, no máximo, dois anos por CNPJ, quando a
empresa pode dispensá-lo ou efetivá-lo. O importante é saber que, independente
da empresa ou área, você deve tentar absorver ao máximo o que aprender em seu
estágio”, esclarece Juliana França, coordenadora de projetos da Page Talent,
unidade de recrutamento especializada em vagas pontuais e programas de estágios
e trainees do PageGroup Brasil.
É durante o estágio que aprendemos sobre a área que
desejamos atuar. Também começamos a ver
o que é ter responsabilidades como prazos, reuniões, projetos, principalmente
como é o ambiente de trabalho, como nos comportar em um ambiente mais formal e
profissional, e vamos aos poucos amadurecendo para uma possível efetivação.
O trainee, diferente do estágio, é um programa de
formação de liderança. E por mais que ele tenha esse nome mais requintado, nada
mais é do que um funcionário configurado dentro da CLT (Consolidação das leis
do trabalho) que “institui as normas que regulam as relações individuais e
coletivas de trabalho, nela previstas”. Ou seja, a efetivação ocorre desde o
começo.
“O trainee, em geral, é voltado para um público um pouco
mais maduro do que o estágio. O programa de trainee tem um intuito de formar a
futura geração de líderes, com uma série de treinamento técnicos e
comportamentais ao longo de um ou dois anos, que tem como intenção proporcionar
uma rápida ascensão na carreira, além de terem um salário CLT, em geral, mais
alto que a média do mercado, o que acaba atraindo muitos profissionais para os
processos, que por decorrência tornam-se mais competitivos”, explica a
coordenadora da Page Talent.
O ideal é que o trainee esteja no final da faculdade ou
seja um recém-formado, já que participará de projetos maiores e terá mais
responsabilidades. O trainee não tem benefícios como o estágio, cumpre jornadas
que variam de 40 a 44 horas semanais, além de, com muita frequência, estarem
sujeitos a mudanças de cidade, país, ou viagens rotineiras.
“Como podemos ver, os dois são programas importantes para
a formação de um profissional. Não é necessário fazer um estágio para conseguir
entrar em um trainee como também não é obrigatório ser um trainee para
conseguir a primeira vaga celetista. Os dois programas ajudam na formação de um
profissional”, diz Juliana França. “É importante lembrar que o estágio não
exige um tempo mínimo na universidade, isso varia de uma empresa para outra,
mas algumas empresas contratam a partir do segundo semestre. Já o trainee busca
pessoas com tempo mais livre para se dedicar integralmente ao trabalho, que
tenham intenção em crescimento profissional”, conclui.
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