No dia 28 de maio é celebrado o Dia Internacional
de Luta Pela Saúde da Mulher, que tem como objetivo chamar a atenção e
conscientizar a sociedade dos diversos problemas de saúde e distúrbios comuns
na vida das mulheres, que já são maioria no Brasil. De acordo com dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) de 2015 o número de mulheres no Brasil
é superior ao de homens, sendo 48,52% da população brasileira composta por
homens e 51,48% por mulheres.
Com o aumento da expectativa de vida delas, é ainda mais importante prestar
atenção à saúde nas diferentes fases da vida. Por isso, é fundamental manter os
exames preventivos sempre em dia.
As
mulheres são acometidas mais pelas doenças hormonais e ginecológicas, por isso
a atenção periódica às consultas médicas e seus devidos tratamentos são
fundamentais para manter a boa saúde. “Controlar o peso corporal e evitar a obesidade,
por meio da alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos, e
evitar o consumo de bebidas alcoólicas são recomendações básicas para prevenção
de doenças”, aconselhou Viviane
Esteves, gerente da Área de Atenção Clínico-cirúrgica à Mulher do Instituto
Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira
(IFF/Fiocruz).
Viviane
enfatiza que os exames mais importantes são os relacionados ao
rastreamento de patologias malignas frequentes nas mulheres, tais como, o
câncer de mama e o câncer de colo de útero e para a realização do diagnóstico
dessas doenças são realizados a mamografia e o exame citopatológico do colo do
útero. “O Ministério da Saúde (MS) recomenda o rastreamento do câncer de mama
pela mamografia para mulheres entre 50 e 69 anos, com periodicidade
bienal. Já a
mulher que tem risco elevado de câncer de mama, deve conversar com o médico
para avaliar a particularidade de seu caso e definir a melhor conduta a seguir.
Apesar
de ser doloroso para algumas mulheres, a mamografia é um exame rápido e que não
deixa sequelas locais”,
explicou.
O exame citopatológico do colo do útero ou
preventivo ginecológico, é realizado através da coleta de material com o
auxílio do espéculo (bico de pato). “O início da coleta deve ser aos 25 anos de
idade para as mulheres que já tiveram ou têm relação sexual. Os dois primeiros
exames devem ser realizados com intervalo anual e, se ambos os resultados forem
negativos, os próximos devem ser realizados a cada três anos, devendo seguir
até os 64 anos, idade em que cada caso deverá ser reavaliado pelo médico de
confiança da paciente”, esclareceu a especialista.
Viviane Esteves alerta para as mudanças de
hábitos de vida, que estão relacionadas a prevenção de diversas doenças. “O
câncer de mama possui múltiplos fatores de risco associados ao seu surgimento,
no entanto, estima-se que por meio de alimentação, nutrição e atividade física
é possível reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver a doença. A amamentação
também é considerada um fator protetor”.
Também
é importante que as mulheres fiquem atentas a qualquer alteração suspeita na
mama. “Quando a mulher conhece bem suas mamas e se familiariza com o que é normal
para ela, pode estar atenta a essas alterações e buscar o serviço de saúde para
investigação. No caso do câncer de colo de útero, especificamente, desde 2014 as
vacinas contra HPV estão disponíveis na rede pública para meninas entre 9 e 14
anos e para meninas e mulheres entre 9 e 26 anos acometidas pelo vírus da
Aids”, finalizou Viviane Esteves.
Saiba mais sobre câncer de colo de útero (http://www.iff.fiocruz.br/index.php/component/content/article/8-noticias/390-cancer-colo-utero)
e câncer de mama (http://www.iff.fiocruz.br/index.php/component/content/article/8-noticias/397-outubro-rosa-2018).
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