Pesquisa Global de Engajamento da Aon aponta crescimento de 63% para 65% em 2017, comparado ao ano anterior; estudo foi realizado com mais de 8 milhões de funcionários de mais de 1 mil empresas no mundo, que representam 60 setores
Após uma queda
no índice global de engajamento dos colaboradores em 2016, a primeira desde
2012, o nível voltou a subir em 2017 (65%), registrando dois pontos percentuais
acima do ano anterior (63%). O índice é o mais alto registrado desde 2011, de
acordo com a nova Pesquisa Global de
Engajamento da consultoria e
corretora de seguros Aon.
O relatório
avalia o engajamento de funcionários de mais de 1 mil organizações em todo o
mundo, de diferentes tamanhos e mais de 60 setores estão representados. Seus
dados são provenientes de mais de 8 milhões de respostas coletadas em 2016 e
2017 e mostrou que a porcentagem de funcionários Altamente Engajados cresceu de
24%, em 2016, para 27%, em 2017.
"As empresas ainda enfrentam uma situação econômica e
política de recuperação. Contudo, as companhias passaram a investir no capital
humano e bem-estar dos funcionários, pois perceberam que o colaborador engajado
e verdadeiramente feliz se doa e entrega mais do que o esperado. Em um cenário
macroeconômico ruim, esses são fatores que fazem a diferença no balanço final
de cada organização”, esclarece Daniela Junqueira Segre, Líder de Consultoria
em Talent e Engajamento da Aon Brasil.
Evolução do índice de engajamento 2011 - 2017
Ainda de acordo com o levantamento da Aon, um melhor índice no
engajamento dos colaboradores está ligado diretamente ao aumento na receita das
empresas. Com isso, a pesquisa aponta que um aumento de 3 p.p nos lucros está
diretamente ligado a um crescimento de 5 p.p no engajamento dos funcionários no
ano seguinte[1].
“O conceito de
engajamento no trabalho é confundido por satisfação ou felicidade, mas, na
verdade, está relacionado ao investimento psicológico que o colaborador
despende e também de sua motivação de gerar bons resultados à empresa”, explica
a executiva da Aon. “As empresas com níveis de engajamento acima da média terão
menor rotatividade de empregados, maior produtividade e melhores resultados de
satisfação dos clientes. Todos esses pontos são fundamentais para o desempenho
satisfatório no âmbito financeiro", complementa.
Principais
Fatores Globais de Engajamento
De acordo com o relatório global da Aon, Recompensas e
Reconhecimentos foram classificados como as oportunidades mais fortes de
engajamento pelo segundo ano consecutivo, com o “reconhecimento pelas
contribuições" e o "salário justo" como os fatores mais
influenciadores.
2017
|
MAIORES OPORTUNIDADES DE ENGAJAMENTO NO MUNDO
|
2016
|
Nº 1
|
Recompensas
e Reconhecimento
|
Nº
1
|
Nº 2
|
Liderança
Sênior
|
Nº
3
|
Nº 3
|
Oportunidades
de Carreira
|
Nº
4
|
Nº 4
|
Proposta
de Valor ao Funcionário
|
Nº
2
|
Nº 5
|
Infraestrutura
de Apoio
|
Nº
5
|
“Engajar um colaborador não é como uma ‘receita de bolo’, onde você tem especificamente os mesmos moldes e processos para cada um. Estes índices variam de acordo com a região, setor, empresa e o cargo que o funcionário exerce. Por isso, as empresas precisam criar estratégias personalizadas para cada profissional, entendendo qual a pretensão e os anseios de cada pessoa. Somente desta maneira será possível atingir o nível máximo de engajamento e melhores resultados financeiros”, conclui Daniela.
Diferenças
Continentais
A pesquisa da
Aon constatou que as variações de engajamento em cada continente foram geradas
pelas diferenças culturais, políticas e econômicas dos países e regiões.
Engajamento
de Funcionários por Região
|
|
Região
|
2017
|
Ásia
Pacífico
|
65% (↑3pts)
|
América
Latina
|
75% (sem alteração)
|
América
do Norte
|
64% (sem alteração)
|
Europa
|
60% (↑2pts)
|
África
|
66% (↑5pts)
|
Em 2017, a
África obteve o maior crescimento de engajamento, registrando um nível de 66%,
maior que o índice de 2016, 61%. De forma geral, o continente africano teve
crescimento de 15 p.p desde 2012.
Já a Europa
obteve o nível mais baixo de engajamento no mundo, atingindo a casa dos 60%. No
entanto, alguns países do continente apresentaram melhorias significativas em
2017, como França (6 p.p), Holanda (7 p.p), Áustria (9 p.p) e Suécia (9 p.p).
A América Latina
não teve mudanças em seu engajamento geral – manteve seu resultado obtido em
2016, 75%. Analisando os 16 fatores, cinco permaneceram estáveis, cinco
diminuíram e quatro aumentaram. Não houve mudanças acima de dois p.p nem para
os declínios, nem para os aumentos. Isso representa um nível significativo de
consistência para uma região com tantos mercados variados.
"Embora o
engajamento tenha estabilizado em toda a região, os líderes devem notar que o
engajamento nos maiores mercados está em declínio. Tanto o Brasil, quanto a Colômbia
regrediram praticamente aos níveis de 2015. Além disso, os principais fatores
de engajamento estagnaram ou reduziram, com exceção de Talentos e Mão de
Obra.", afirma María del Pilar Manzanera Díaz, Líder de Prática de
Remuneração, Talentos e Benefícios da Aon América Latina.
“A América
Latina e a Europa são as duas únicas regiões que possuem a Liderança Sênior
como o maior fator de engajamento. Surpreendentemente, a América Latina foi a
única região no estudo a ter a dimensão Gestão entre as 10 principais áreas de
foco. Juntamente com a Liderança Sênior entre os principais fatores, isto é uma
forte indicação da necessidade de comunicação e interação dos funcionários e
líderes em todos os níveis da empresa para elevar o comprometimento.",
afirmou Manzanera.
Para ter
acesso a mais informações sobre a Pesquisa Global de Engajamento 2018 da Aon,
acesse: www.aon.com/engagement18
Nenhum comentário:
Postar um comentário