No último ano, grandes transformações
econômicas modificaram o mercado e afetaram as decisões que cada empreendedor
deve tomar para seguir competitivo. Esse cenário afeta diretamente a
disponibilidade creditícia no mercado, principalmente para as Micro e Pequenas
Empresas (MPEs), que contam com menos ativos e garantias para assegurar
melhores taxas que possibilitam acesso aos recursos financeiros – tanto para o
pagamento de seus provedores como para oferecer facilidades aos clientes.
Entre as mudanças que afetam
diretamente as vendas e o comércio, destaca-se a Selic em níveis mínimos
históricos. Apesar disso, a taxa de juros para o rotativo dos cartões de
crédito subiu de 239,1% para 243,5% entre fevereiro e março deste ano; variação
que aumenta o custo para o consumidor final e influencia a aquisição de novos
produtos e investimento em novos serviços.
Os empréstimos, conhecidos
pela tradicionalidade, são uma alternativa para obter fundos, mas acabam
gerando obrigações mensais que podem prejudicar não só o fluxo de caixa, como
também a liquidez. Essa insolvência gera restrições à empresa se não fizer
parte de um planejamento financeiro eficiente, pois é sabido que a
inadimplência tem custos muito altos para qualquer empreendimento.
No Brasil, a procura das
empresas por crédito cresceu 4,1% no último ano, segundo dados do Serasa
divulgados em março. A alta foi liderada pelas MPEs, mais vulneráveis às
variações de um país.
Para atender às expectativas
tanto do cliente quanto da empresa, a possibilidade de pagamento por
parcelamento via boletos representa uma alternativa interessante. Com
taxas de juros mais baixas que as dos cartões de crédito e sem envolvimento com
instituições bancárias na contratação, essa modalidade oferece custo reduzido
para todos.
Oferecer esse produto, no entanto,
exige know-how, tecnologia e capital para não frustrar o cliente, que pode se
surpreender ao se deparar com uma análise de crédito muito restritiva,
impedindo vendas ou não recebendo o pagamento.
Adiantar pagamento de
recebíveis, por exemplo, é um caminho para enfrentar alguns desses desafios. A
medida ajuda o empreendedor a gerenciar seus ingressos e operar de forma
eficiente junto a fornecedores e clientes. Nesse setor, longe da burocracia dos
bancos - e onde operam as fintechs -, é muito importante contar com a
experiência de mercado, o respaldo de uma companhia reconhecida e uma extensa
base de dados para propor alternativas inovadoras e criativas, que atendam às
necessidades daquelas empresas que ainda não provêm de tamanho ou o fluxo de
caixa para oferecer parcelamento próprio. É um novo caminho de possibilidades
excelente que se abre para o micro, pequeno e médio empreendedor brasileiro.
Rodrigo Thedim - gerente de
desenvolvimento de produtos e vendas da TrustHub.
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