Quem irá querer vincular sua marca a uma vergonha
mundial? A Copa do Mundo de 2018 começará no dia 14 de junho. Até hoje, a Fifa
não cobriu todos os lugares dos patrocinadores de um campeonato, que é uma bela
vitrine para as grandes marcas. Algo estranho acontece quando nunca houve tão
poucos patrocinadores na ausência de meio mês para começar o campeonato.
Para as marcas, a Copa do Mundo significa uma
oportunidade única para atrair a atenção de milhares de espectadores. Segundo a
Marketing Week, a edição na Rússia está pagando as consequências da imagem da
Fifa, uma organização que carrega acusações de corrupção e suborno após os mais
recentes escândalos de Blatter. Claramente, a Federação Internacional de
Futebol se tornou uma marca tóxica.
As despesas operacionais vinculadas à organização
da Copa do Mundo é estimada em 1.860 milhões de euros. Agrava a situação da
Rússia que não tem uma boa imagem para o exterior e assusta marcas ocidentais.
A Fifa é acusada de corrupção e, como já diz o
povo, é a causa de suas próprias perdas. Ainda assim, os grandes patrocinadores
(Adidas, McDonalds, Coca-Cola, entre outros) esperaram que o poder da imagem do
futebol possa substituir o potencial efeito negativo da instituição. Em suma,
eles esperam que o espectador associae o Mundial de futebol ao esporte no lugar
da corrupção.
Que marcas desapareceram? Se olharmos para a Copa
do Mundo de 2014, disputada no Brasil, havia seis patrocinadores parceiros da
Fifa (Adidas, Coca-Cola, Hyundai / Kia Motors, Emirates, Sony e Visa), oito
patrocinadores da Copa do Mundo (Budweiser , Castrol, Continental, Johnson &
Johnson, McDonald, Oi, Yingli Solar e Moy Park) e seis nacionais do Brasil.
Desses, doze patrocinadores não estarão na próxima Copa do Mundo na Rússia,
embora seis deles pertençam a patrocinadores brasileiros. Os outros seis que
não estarão na Rússia são: Emirates, Sony, Castrol, Continental, Johnson &
Johnson e Yingli Solar. Apesar do declínio dos patrocinadores, a Fifa mantém o
volume de receita graças aos novos acordos com marcas como Qatar Airways,
Gazprom e Wanda como Fifa Partners, Hisense e Vivo como patrocinadores da Copa.
Além do Alfa Bank como o único suporte regional.
A Copa do Mundo na Rússia não incluirá
empresas de apostas, alimentos e seguros. É impressionante que não haverá marca
de pneus, patrocinador habitual na Copa do Mundo. Além disso, será a primeira
Copa do Mundo sem patrocínio do setor de telecomunicações desde 1998. Minha
conclusão é de que a Fifa, senhora da corrupção, está destruindo o futebol
mundial.
Martin Avenatti, gestor esportivo
Danii Scher |
Nenhum comentário:
Postar um comentário