segunda-feira, 28 de maio de 2018

A Fifa de 2018 e o atraso dos patrocínios à Copa na Rússia


Quem irá querer vincular sua marca a uma vergonha mundial? A Copa do Mundo de 2018 começará no dia 14 de junho. Até hoje, a Fifa não cobriu todos os lugares dos patrocinadores de um campeonato, que é uma bela vitrine para as grandes marcas. Algo estranho acontece quando nunca houve tão poucos patrocinadores na ausência de meio mês para começar o campeonato.
Para as marcas, a Copa do Mundo significa uma oportunidade única para atrair a atenção de milhares de espectadores. Segundo a Marketing Week, a edição na Rússia está pagando as consequências da imagem da Fifa, uma organização que carrega acusações de corrupção e suborno após os mais recentes escândalos de Blatter. Claramente, a Federação Internacional de Futebol se tornou uma marca tóxica.

As despesas operacionais vinculadas à organização da Copa do Mundo é estimada em 1.860 milhões de euros. Agrava a situação da Rússia que não tem uma boa imagem para o exterior e assusta marcas ocidentais.

A Fifa é acusada de corrupção e, como já diz o povo, é a causa de suas próprias perdas. Ainda assim, os grandes patrocinadores (Adidas, McDonalds, Coca-Cola, entre outros) esperaram que o poder da imagem do futebol possa substituir o potencial efeito negativo da instituição. Em suma, eles esperam que o espectador associae o Mundial de futebol ao esporte no lugar da corrupção.

Que marcas desapareceram? Se olharmos para a Copa do Mundo de 2014, disputada no Brasil, havia seis patrocinadores parceiros da Fifa (Adidas, Coca-Cola, Hyundai / Kia Motors, Emirates, Sony e Visa), oito patrocinadores da Copa do Mundo (Budweiser , Castrol, Continental, Johnson & Johnson, McDonald, Oi, Yingli Solar e Moy Park) e seis nacionais do Brasil. Desses, doze patrocinadores não estarão na próxima Copa do Mundo na Rússia, embora seis deles pertençam a patrocinadores brasileiros. Os outros seis que não estarão na Rússia são: Emirates, Sony, Castrol, Continental, Johnson & Johnson e Yingli Solar. Apesar do declínio dos patrocinadores, a Fifa mantém o volume de receita graças aos novos acordos com marcas como Qatar Airways, Gazprom e Wanda como Fifa Partners, Hisense e Vivo como patrocinadores da Copa. Além do Alfa Bank como o único suporte regional.

A Copa do Mundo na Rússia não incluirá empresas de apostas, alimentos e seguros. É impressionante que não haverá marca de pneus, patrocinador habitual na Copa do Mundo. Além disso, será a primeira Copa do Mundo sem patrocínio do setor de telecomunicações desde 1998. Minha conclusão é de que a Fifa, senhora da corrupção, está destruindo o futebol mundial.




 

Martin Avenatti, gestor esportivo
Danii Scher


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