Infectologista do Sírio-Libanês explica como evitar a
doença e reforça o poder da vacina
Com a chegada do outono e a
proximidade do inverno, começa também a temporada de gripe. Este ano, a
preocupação é ainda maior, pois a expectativa é que a Influenza A subtipo H3N2,
gripe que assustou o Hemisfério Norte, chegue ao Brasil. Nos Estados Unidos, a
H3N2 causou milhares de mortes e registrou recorde de internações. No Brasil,
já foram identificados casos em Minas Gerais e São Paulo, com pelo menos duas
mortes confirmadas em Taubaté (SP).
Por causa da gravidade da
doença, a infectologista Maria Beatriz de Souza Das, do Hospital Sírio-Libanês,
destaca a importância da vacinação. “É uma forma de se proteger da doença”,
alerta, acrescentando que, nos Estados Unidos, a vacina teve eficiência de 36%.
“As vacinas que começam a chegar no Brasil, feitas para o Hemisfério Sul, são
diferentes e, por isso, ainda não temos como informar a sua taxa de
eficiência.” De acordo com a infectologista, a vacina impede um grande número
de pacientes de adoecer e reduz o número de internações.
A vacina é recomendada
especialmente para os grupos de risco, que são os idosos com mais de 60 anos;
crianças com menos de 2 anos; portadores de doenças pulmonares,
cardiovasculares, hepáticas, renais, neurológicas; pessoas imunossuprimidas
(inclusive portadores do HIV); diabéticos; gestantes e mulheres que deram à luz
nas duas últimas semanas e profissionais de saúde. A vacina estará disponível,
a partir de meados de abril, na rede pública. Na rede particular ela já está
disponível, como no Hospital Sírio-Libanês. Além de cepa do H3N2, a vacina
protege também contra a H1N1 e outros dois tipos de Influenza B.
Dra. Maria Beatriz lembra
que os antivirais, como o Tamiflu, são eficientes para o tratamento da doença.
“A recomendação é que os pacientes com sintomas fortes da gripe, como febre,
tosse, dor de garganta e dificuldade para respirar, entre outros, procurem
atendimento médico o mais urgente possível”, afirma.
Para evitar as gripes e
outras doenças respiratórias, a infectologista recomenda evitar aglomerações,
ficar a pelo menos a 2 metros de distância de pessoas gripadas, usar lenço de
papel, lavar as mãos constantemente, evitar levar as mãos aos olhos e outras
mucosas e cobrir a boca com a parte interna do braço ao tossir ou espirrar.
Sociedade Beneficente de
Senhoras Hospital Sírio-Libanês
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