quarta-feira, 11 de abril de 2018

Pesquisadores que comprovaram relação entre Zika e microcefalia recebem Prêmio em SP

Estudo feito em tempo recorde possibilitou que as gestantes tomem medidas básicas de prevenção


No próximo dia 26 de abril, integrantes do Grupo de Pesquisa da Epidemia de Microcefalia (Merg) receberão o Prêmio Péter Murányi 2018, edição Saúde, que acontece em São Paulo. Coordenado pela pesquisadora Celina Turchi, a equipe comprovou a associação entre microcefalia e a infecção congênita provocada pelo vírus Zika, ajudando a estancar a epidemia em curso no Nordeste. 

Composto por acadêmicos ligados a diversas instituições de pesquisa, o grupo acompanhou a evolução da gestação de mulheres atendidas em oito maternidades públicas do Estado de Pernambuco, um dos mais afetados pelo surto de microcefalia, entre os meses de janeiro e novembro de 2016. 

Dados recentes mostraram que mais de um milhão de pessoas foram infectadas pelo vírus da Zika, sendo 210 mil apenas no Brasil. Durante o auge da epidemia, em junho de 2016, 8165 casos suspeitos foram notificados e 1638 confirmados.

Pioneira e feita em tempo recorde, a pesquisa motivou o desenvolvimento de medidas de combate ao mosquito transmissor do vírus, como a distribuição de repelentes para grávidas moradoras de áreas de risco e o acompanhamento das crianças portadoras de microcefalia, além de auxiliar na análise clínicas das infecções. 



Sobre o Prêmio Péter Murányi

Organizado pela Fundação Péter Murányi, a premiação recebeu, em sua 17ª edição, 225 trabalhos inscritos, vindos de toda a América Latina. O estudo vencedor foi avaliado por uma Comissão Técnica Científica composta por especialistas na área de saúde e submetidos à votação de um Júri.

O Prêmio Péter Murányi é realizado anualmente, com temas que se alternam a cada edição: Saúde, Ciência & Tecnologia, Alimentação e Saúde – cada uma destas temáticas é revisitada após quatro anos. 

A Fundação Péter Murányi distribui um total de R$ 250 mil em prêmios, sendo R$ 200 mil para o vencedor, R$ 30 mil para o segundo colocado e R$ 20 mil para o terceiro melhor trabalho. 

A premiação conta com o apoio das seguintes entidades: ABC (Academia Brasileira de Ciências), Aconbras (Associação dos Cônsules no Brasil); Aciesp (Academia de Ciências do Estado de São Paulo); Anpei (Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras); Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior); CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola); CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico); Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo); e SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência).



Nenhum comentário:

Postar um comentário