Dermatologista esclarece essa e outras questões
dessa fase tão desejada pelas mulheres
O mês das mães chegou e hoje a dica vai para as
futuras mamães. É muito comum que no decorrer da gestação a pele da mulher
sofra alterações que podem gerar dúvidas e preocupações. Além da questão
estética, a saúde também é uma das angústias.
Para sanar esta questão, a Dra. Sabrina Talarico,
Dermatologista e membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia, irá
apontar as principais alterações cutâneas desta fase tão especial para as
mulheres. De acordo com a Dermatologista, a gestante pode passar por
modificações fisiológicas, entre elas alterações pigmentares, como o
escurecimento dos mamilos, aréolas e região genital, a manifestação da linha
alba (linha que divide o abdômen), o surgimento do melasma e mudanças nas
características de sardas e pintas pré existentes.
Mudanças nos cabelos e unhas também são notórias.
"Normalmente os cabelos ficam mais bonitos e vistosos, isso ocorre devido
às alterações hormonais dessa fase, que levam os fios a ficarem mais tempo em
fase de crescimento, ao final da gestação, esta condição desaparece e ciclo de
crescimento retoma ao normal, por este motivo é possível observar uma queda
acentuada dos fios após 3-4 meses do nascimento do bebê. As unhas tendem a
ficar mais frágeis e ter alterações superficiais nesta fase, como sulcos e
ondulações, para que esta situação seja evitada, são recomendados cuidados
específicos com a nutrição" explica a médica.
A gestante também pode se deparar com alterações
glandulares, capazes de provocar o aumento de suor e desequilibrar o
funcionamento das glândulas sebáceas, que resulta no comportamento imprevisível
de algumas doenças, como a Acne, podendo ocorrer a melhora ou piora do quadro.
Alterações vasculares e relacionadas ao tecido conjuntivo também podem ocorrer,
as temidas estrias, causadas pelo estiramento da pele, assim como o
aparecimento de vasinhos nas pernas, inchaço, vermelhidão e fácil sangramento
nas gengivas.
Muitos acreditam que o Melanoma, câncer de pele maligno,
pode ser associado à gestação, quanto na verdade este pode se desenvolver na
gestante assim como qualquer outra pessoa. " Muitas vezes, pelo o fato de
existirem alterações pigmentares fisiológicas, alterações que geralmente
chamariam a atenção são negligenciadas, nevos (pintas) que sofrem alteração
devem ser acompanhados e se forem encontradas atipias, estas devem ser levadas
a sério e ser tratadas como tal" esclarece a Dra.
De acordo com a médica, alguns cuidados devem
existir para a preservação da saúde da mãe e do bebê. A gestante deve realizar
o pré natal adequadamente, e recomenda-se que seja também acompanhada por um
dermatologista que será capaz de distinguir alterações fisiológicas (comuns e
esperadas) na gravidez de condições que exijam tratamentos e condutas
específicas, como o melasma e até cirurgias no caso de lesões suspeitas de
melanoma.
Vale lembrar que o melasma já pode ser tratado
durante a gestação e que o uso de filtros solares adequados é imprescindível
para evitar sua progressão. Gestantes que tenham história pessoal ou familiar
de melanoma ou nevos displásicos devem ser acompanhadas mais de perto.
Dra. Sabrina Talarico - Graduada pela Faculdade de Medicina da Universidade
de Santo Amaro no ano de 2004. Seguiu a Residência de Clínica Médica da
Faculdade de Medicina da Universidade de Santo Amaro no ano de 2005 e
posteriormente a Residência de Dermatologia do Hospital Celso Pierro da
Pontifícia Universidade Católica de Campinas, no período de 2006-2008.
Desempenha função de médica colaboradora na Unidade de Cosmiatria, Cirurgia e
Oncologia do Departamento de Dermatologia da Escola Paulista de Medicina da
Unversidade Federal de São Paulo, como preceptora dos residentes do
Departamento de Dermatologia no Setor de Dermatologia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário