quarta-feira, 25 de abril de 2018

Dia Mundial de Luta Contra a Malária: DF já registrou seis casos da doença neste ano


A médica infectologista Joana D'arc Gonçalves, da Aliança Instituto de Oncologia explica o que é e como combate-la

Nesta quarta-feira (25/4) é lembrado o Dia Mundial da Luta Contra a Malária, doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários, transmitidos pela fêmea infectada do mosquito Anopheles. "Quando a pessoa é picada pelo mosquito, o protozoário é inoculado no organismo e se aloca no fígado, onde se multiplica e migra contaminando os glóbulos vermelhos", explica a médica infectologista da Aliança Instituto de Oncologia, Joana D'arc Gonçalves.

Segundo Joana, o número de casos de malária no Distrito Federal está em ascensão. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), só nos primeiros quatro meses do ano, o Distrito Federal já registrou seis casos de malária.

Conforme a pasta, de 2008 a 2016 foram registrados 275 casos de malária em todo o DF, desses 154 infectados no Brasil e 121 em outros países. Em 2017, a SES-DF registrou apenas 33 casos. Ainda segundo a Secretaria, o DF não é considerado área de transmissão da doença. A maioria dos casos ocorre no Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

A infectologista argumenta que os primeiros indícios de contágio da malária podem se confundir com a gripe. "Os sintomas aparecem de 8 a 10 dias depois da picada. Geralmente a pessoa apresenta febre, sensação de frio, dor cabeça e muscular, anemia, delírios e aumento do baço", destaca.

Ela acrescenta que em casos mais graves, como o da malária cerebral, a pessoa pode ter enxaqueca, clareamento da retina, alteração no sistema nervoso e pode até chegar à morte.


Prevenção

De acordo com a médica, a melhor forma de prevenir da doença se dá através do controle do vetor. "Como não temos uma vacina eficaz é preciso tomar alguns cuidados, como não deixar recipientes com água parada, dar fim adequado aos entulhos, além de prevenir sua picada utilizando roupas compridas, mosquiteiros com inseticida e borrifar veneno intradomiciliar. Mas uma das principais estratégias é fazer o diagnóstico precoce e tratamento adequado o quanto antes", complementa.


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