Conselho Regional de Odontologia de
São Paulo (CROSP) aponta que o tratamento deve começar assim que o problema for
diagnosticado, para que o paciente evite o risco de perder o dente
Crianças, adolescentes, adultos,
todos estão sujeitos a desenvolver a famosa cárie, uma doença, que consiste na
deterioração do dente, causada por diversos motivos, desde a ingestão excessiva
de alimentos que promovem maior acidez da boca, principalmente o açúcar
(refrigerantes, doces, balas, bolos etc.) até a má ou a falta de escovação dos
dentes.
Por ser um problema comum e
aparentemente fácil de tratar, muitas pessoas não valorizam a saúde bucal e não
se preocupam em prevenir a doença, consultando regularmente o
cirurgião-dentista. Em muitos casos, é só quando a dor surge que o paciente
percebe como a cárie pode afetar sua saúde, alterando a sua qualidade de vida.
“Quando a dor é percebida, a cárie
provavelmente já comprometeu parte importante da estrutura do dente e, mesmo
com o devido tratamento, em algumas situações o paciente pode vir a perdê-lo,
um órgão tão importante para a mastigação, para a fala, para a estética etc.”,
explica a odontopediatra e diretora regional da Capital do CROSP, Helenice
Biancalana.
No começo a cárie pode causar manchas
brancas ou esbranquiçadas, amareladas até escurecidas, deixando o dente mais
sensível. Inicialmente, a dor surge quando se ingere algo frio, gelado ou doce
e, se não for tratada, a dor passa a ser com alimentos ou líquidos quentes,
sintoma sugestivo que a polpa (nervo) pode estar inflamada e, muitas vezes,
progredindo para a dor espontânea, sendo necessário o tratamento de canal.
Isso porque já existe um processo de inflamação e infecção.
A polpa fica no interior do dente
(canal) por onde passam os nervos e vasos sanguíneos, e com a necrose, pode se
formar um abscesso, que é um foco de infecção. Ao chegar neste estágio, após a
avaliação criteriosa do cirurgião-dentista e de acordo com exames clínicos e
radiográficos, o profissional pode indicar o tratamento do canal e
administração de medicamentos para combater e controlar a infecção”, aponta
Biancalana
Além dos problemas bucais, a cárie,
quando não tratada, pode acarretar outros ricos à saúde. A endocardite, inflamação
das estruturas internas do coração, é uma delas. “As bactérias do
processo de infecção dos dentes e da gengiva podem entrar em contato com a
corrente sanguínea e se instalar em outros tecidos do corpo, como o coração”,
conta a odontopediatra.
De acordo com a gravidade da
endocardite, o médico cardiologista e sua equipe indicarão o melhor tratamento
para o paciente, indo desde antibióticos (via oral e endovenoso) até cirurgia.
PREVENINDO a cárie:
Cárie é uma doença grave e algumas
medidas simples e importantes podem ajudar na sua prevenção:
- Ter uma alimentação saudável e
controlar a ingestão de açúcar, que é o maior vilão da cárie (doces, biscoitos
açucarados, bolos, refrigerantes etc.);
- Escovar os dentes após as
refeições, utilizando escova de dente e creme dental com flúor;
- Passar o fio dental diariamente
após as refeições;
- A prevenção se inicia muito cedo. As gestantes, bebês, crianças devem consultar o
cirurgião-dentista periodicamente.
- Consultar regularmente o
cirurgião-dentista.
Conselho Regional de Odontologia de São
Paulo (CROSP)
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