Com
ação diferenciada, o Otezla não só melhora o aspecto da pele como reduz a dor
nas articulações
A
biofarmacêutica Celgene anuncia a aprovação do Otezla® (apremilaste) pela
Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Trata-se do primeiro
medicamento sintético inibidor de fosfodiesterase-4 de uso oral, para o
tratamento da psoríase em placa (moderada à grave) em adultos, especificamente
nos casos de pacientes que não obtiveram sucesso, têm contraindicação ou são
intolerantes à tradicional terapia sistêmica ou fototerapia.
O
medicamento também é indicado para tratar a artrite psoriásica em pacientes
adultos que não tiveram uma resposta adequada ou foram intolerantes à terapia
com medicamentos antireumáticos modificadores da doença. "Essa aprovação é
mais uma conquista da Celgene que não mede esforços em sua missão de
disponibilizar terapias inovadoras para pessoas no mundo que convivem com
doenças inflamatórias crônicas", comemora Luciano Finardi, presidente da
Celgene no Brasil.
Aprovado
em 37 países, incluindo os Estados Unidos, o Japão e parte da Europa, a
introdução do Otezla no Brasil representa um avanço no tratamento tanto da
psoríase em placa como da artrite psoriática, condições ocasionadas por um
desequilíbrio no funcionamento do sistema imunológico.
Por
ter uma ação inovadora, o Otezla resulta em impactos positivos na qualidade de
vida dos pacientes. "Com a chegada do Otezla ao país, os pacientes passam
a ter uma opção terapêutica diferenciada sobretudo para aqueles que tiveram
insucesso com as terapêuticas tradicionais", acrescenta Regiane Salateo,
diretora médica da Celgene.
O
Otezla se destaca, dentre vários aspectos, pela sua forma de administração:
diferentemente de outras opções de tratamento, é uma pílula que pode ser tomada
em casa, o que simplifica a adesão ao tratamento. Alem disso, não há
necessidade de monitoramento laboratorial.
"Assim
como costuma ocorrer com toda doença crônica, notamos as dificuldades do
paciente com psoríase para aderir ao tratamento recomendado, por isso o fato de
ser um medicamento oral é outro ponto positivo", avalia o dermatologista
Paulo Oldani, chefe dos Ambulatórios de Psoríase do Hospital Federal dos
Servidores do Estado e do Hospital Naval Marcílio Dias, ambos no Rio de
Janeiro, e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O Otezla, atua
bloqueando a ação de uma enzima chamada fosfodiesterase-4, reduzindo a
inflamação que acontece no organismo – condição que está relacionada com a
psoríase em placa e com a artrite psoriásica.
A
aprovação no Brasil do Otezla (apremilaste) para artrite psoriásica teve como
base a analise de eficacia e segurança de 1.493 pacientes incluidos em 3
estudos centrais Fase 3 (PSA-002, PSA-003 e PSA-004.). Nestes estudos, o
tratamento com apremilaste resultou em melhoras clinicamente significativas em
vários aspectos da artrite psoriásica, como sinais e sintomas de PsA pela
analise de resposta EULAR (boa/moderada), que avalia 28 articulações, função
física, manifestações extra-articulares e qualidade de vida relacionada à saúde
(nas Semanas 16 e 24, e estas melhoras foram mantidas na Semana 52 com a
continuação do tratamento com apremilaste4,5,6,7,8.
Em
relação à psoríase, os resultados de outros 2 estudos de fase 3 com 1.257
pacientes foram analisados. Esses estudos demonstraram que o apremilaste, além
de melhorar os sinais e sintomas associados à psoríase em placas moderada a
severa, também trouxe benefício do tratamento em áreas difíceis de tratar, como
as unhas e o couro cabeludo. Melhoras significativas na qualidade de vida
relacionada à doença também foram observadas com o tratamento com apremilaste4,5,6,7,8.
Em
todos esses estudos clínicos de fase III, os efeitos colaterais mais comumente
relatadas foram diarréia, náusea, infecção do trato respiratório superior e dor
de cabeça. Esses efeitos colaterais foram, em sua maioria, de gravidade leve a
moderada. As reações gastrointestinais ocorreram geralmente nas duas primeiras
semanas de tratamento e usualmente desapareceram no espaço de quatro semanas.
Doenças
que afetam a qualidade de vida
Tipo
mais incidente, a psoríase em placa ou vulgar representa 80% dos casos da
doença e costuma afetar a qualidade de vida dos pacientes. "Como se
manifesta na pele por meio de placas avermelhadas espessas que descamam, a
doença é cercada por estigmas, incluindo discriminação e preconceito",
informa o Dr. Oldani.
Apesar
de algumas pessoas ainda terem preconceito, a psoríase não é contagiosa. A
doença decorre de um desequilíbrio no funcionamento do sistema imunológico que
leva a uma multiplicação descontrolada das células da pele. O paciente pode ter
todo o corpo acometido pelas placas espessas descamativas, mas algumas regiões
são mais comuns, como cotovelo, couro cabeludo, costas e joelhos¹. Cerca de 125
milhões de pessoas sofrem com a doença no mundo, no Brasil, são 5 milhões com
psoríase, segundo levantamento da ONG Psoríase Brasil³.
Aproximadamente
30% dos pacientes com psoríase desenvolvem a artrite psoriásica, doença que
também não tem um causa esclarecida. Entre os sintomas desta da patologia
estão: dores e inchaços nas articulações distal dos dedos das mãos e do pé,
além de ombros, pulsos, joelhos e tornozelos. Mudanças nas unhas, como
descoloração, também sinalizam o mal¹.
Os
primeiros sinais da artrite psoriásica aparecem entre os 30 e 50 anos, mas há
casos em que a doença pode começar ainda da infância. As dores provocadas pela
doença interferem no cotidiano dos pacientes, que muitas vezes são obrigados a
se afastar do trabalho. Esse desconforto ainda está associado à sensação
constante de fadiga, problemas de insônia, além de causarem deformidades¹.
Celgene
Referências:
- National Psoriasis Foundation. Disponível em: http://www.psoriasis.org/psoriatic-arthritis. Acesso em março de 2018.
- National Institute of Health. Disponível em:http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4517531/. Acesso em março de 2018.
- Psoríase Brasil. Disponível em: http://www.psoriase.org.br/. Acesso em março de 2018.
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