segunda-feira, 26 de março de 2018

Variações na tireoide são perigosas para o coração


 Entenda como os distúrbios desse hormônio agem na sua saúde cardíaca  


Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que o excesso ou a falta do hormônio TSH, produzido pelo cérebro e responsável por regular a atividade do hormônio da tireoide, pode bagunçar a saúde cardiovascular. Isso porque tanto o hiper quanto o hipotireoidismo podem desencadear diabetes e doenças cardiovasculares.

De acordo com o cirurgião cardíaco de São Paulo, Dr. Marcelo Sobral, o aumento do TSH apresenta uma piora nos índices de colesterol e diabete tipo 2. “O paciente com hipertireoidismo pode sentir palpitações, já que o coração aumenta a frequência de seus batimentos. Isso acontece porque a doença tem uma ação que faz com que os tecidos do corpo necessitem de nutrientes mais rapidamente e, com isso, há uma dilatação dos vasos sanguíneos e o coração, então, precisa mandar um volume maior de sangue para suprir essa demanda”, explica.

Segundo a especialista em tireoide pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Clínica Soulleve, Dra. Elaine Stabenow, cada paciente deve ter a sua avaliação individual, pois os sintomas de hiper e hipotireoidismo são um pouco diferentes, além da necessidade de avaliar o contexto de cada um. “Caso os pacientes sintam desconfortos como alteração de humor, cansaço, pele seca, nervosismo, inquietação, queda de cabelo, inchaço ou variações no peso é necessário buscar auxílio médico para a realização dos exames e controle da tireoide”, ressalta a médica.

Além disso, o problema na tireoide provoca uma frequência cardíaca irregular e má circulação sanguínea. “Esse problema circulatório pode levar até a insuficiência cardíaca, que é uma condição na qual o coração não consegue bombear sangue o suficiente para o corpo inteiro. Caso o tratamento seja rápido e adequado, esses problemas podem ser revertidos a tempo. Do contrário, o paciente pode ir a óbito”, ressalta Marcelo.

Ter uma dieta balanceada, praticar exercícios para fortalecimento dos músculos, realizar atividades de relaxamento para diminuir o estresse ajudam no controle da doença. Porém, como as atividades físicas estão relacionadas ao metabolismo, é de extrema importância consultar o médico antes de iniciar uma nova rotina de exercícios, a fim de evitar aqueles que possam trazer algum perigo para pacientes com hipertireoidismo, por exemplo.






Dr. Marcelo Luiz Peixoto Sobral é membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Título de Especialista em Cirurgia Cardiovascular pela AMB, Membro Habilitado e Especialista do Departamento de Estimulação Cardíaca Artificial (DECA). MBA Executivo em Saúde pela FGV. Cirurgião Cardiovascular da Beneficência Portuguesa de São Paulo com mais de 4.000 cirurgias realizadas. facebook/dr.marcelosobral


Dra. Elaine Stabenow - Especialista em cirurgia de cabeça e pescoço - Médica formada pela Universidade de Santo Amaro.Residência médica em cirurgia geral e cirurgia de cabeça e pescoço pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP).Titulo de especialista em cirurgia de cabeça e pescoço pela Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço..Estágio em cirurgia de cabeça e pescoço na Mayo Clinic, Jacksonville, Florida. Doutorado em clínica cirúrgica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo(FMUSP)Diplôme de formation spécialisée approfondie no Hôpital Européen Georges Pompidou, Université Paris. Atua há 14 anos na especialidade, com experiência no tratamento das doenças das glândulas tiróide, paratiróides e salivares, além de ministrar aulas em cursos e congressos. Médicos.

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