Casais têm o direito humano
fundamental de decidir, livre e responsavelmente, quanto ao número de filhos e
o direito de obter instruções e orientação adequada a respeito. Ao menos é isso
o que sugere a Lei nº 9.263 de 1996, de Planejamento Familiar, que ampara,
inclusive, aqueles que não desejam engravidar.
Para sanar as principais dúvidas
sobre Planejamento Familiar, métodos contraceptivos mais indicados e prevenção
de riscos na gravidez, o Grupo NotreDame Intermédica (GNDI) realizou, no último
dia 13 de março, a Oficina de Saúde “Planejamento Familiar – Prepare-se para
dar um passo importante em sua vida”.
A Dra. Daniela Leanza, Gerente de
Medicina Preventiva da NotreDame Intermédica e especialista em gestação de alto
risco, acredita que o Planejamento Familiar é algo que ainda precisa ser
amplamente discutido. “A gravidez, sem dúvida alguma, é um momento mágico, mas
traz consigo diversas responsabilidades para a mulher e para o homem. Quanto
mais as pessoas se atentarem ao planejamento e suas ações, menor serão os
riscos financeiros, emocionais e de saúde ”, lembrou.
Confira a seguir os principais
pontos discutidos durante o encontro:
- Como o Planejamento Familiar
pode fazer a diferença na vida dos casais e de suas famílias?
R: O Planejamento Familiar
é essencial tanto para aqueles que não desejam uma gravidez naquele momento,
como para os que querem ter filhos.
Este planejamento engloba um
conjunto de ações e decisões de responsabilidade do homem e da mulher, como a
prevenção de DST´s e AIDS, planejamento psicológico e financeiro e até mesmo
dieta e qualidade de vida.
- Sobre os métodos
contraceptivos, quais são os mais indicados?
R: Para determinar o
melhor método contraceptivo dependemos de uma avaliação prévia feita por um
profissional da área. Cada pessoa pode reagir de maneira diferente de acordo
com o método adotado, por isso, não é possível dizer qual é o mais indicado sem
uma avaliação específica.
Também é importantíssimo
lembrarmos que existe uma fase de adaptação que pode durar de três a seis
meses. No momento da escolha de um contraceptivo, devemos buscar sempre um
equilíbrio entre indicações e contraindicações, efeitos colateriais e
benefícios, a possibilidade de associações de diferentes métodos, possíveis
falhas e eficácia, entre outros.
Os métodos disponíveis hoje em
dia são:
- Para quem está planejando
engravidar, quais medidas são indicadas antes da concepção?
R: Além das consultas periódicas
ao ginecologista, orientamos que tanto a mulher quanto o homem redobrem a
atenção ao estilo de vida adotado.
Pode parecer óbvio, mas a
consulta pré-concepcional é essencial. Ela serve para a identificação de riscos
relacionados à gestação e para que exista uma orientação direcionada de acordo
com as caracterísitcas e histórico familiar daquela mulher.
Deve ser realizada, ainda, a
avaliação da agenda de vacinas da mulher e possíveis intervenções. Tudo isso
visando o melhor no desfecho da gestação.
- Qual a importância da
atividade física para quem pretende engravidar?
R: Os benefícios são
inúmeros. Alguns exercícios específicos irão auxiliar na melhora da postura e
do equilíbrio da mulher, evitando alguns incômodos como a dor lombar. Também
podemos citar outros benefícios não menos importantes, como o aumento da
fertilidade, mais facilidade para lidar com as mudanças corporais,
fortalecimento de músculos importantes e redução da ansiedade.
- E quais os principais
cuidados que devem ser tomados?
R: Podemos começar falando
do fator idade, levando em consideração que mulheres com mais de 35 anos podem
apresentar mais dificuldade para engravidar, maior risco de aborto e problemas
genéticos no feto.
Nos atentamos também para o
Índice de Massa Corporal (IMC), que, idealmente, deve estar entre 20 e 25. Um
IMC abaixo de 20 pode significar o risco de um parto prematuro, baixo peso ou
anemia. Já mulheres com o IMC acima de 25 podem apresentar redução da
fertilidade e complicações na gestação, como diabetes e pré-eclâmpsia.
O estilo de vida também tem um
enorme peso nesse processo. O uso de tabaco, alcool, drogas ilícitas e até
mesmo a automedicação podem desencadear sérios problemas tanto para a mãe
quanto para a criança.
- O histórico familiar da
mulher também deve ser analisado?
R: Sem dúvida. Não
só o histórico familiar, como a própria história obstétrica e ginecológica da
paciente.
Analisando o histórico familiar,
buscamos possíveis anomalias congênitas e cromossomopatias, além das
doenças crônicas e doenças hereditárias.
Em relação ao histórico da
própria paciente, avaliamos fatores como a infertilidade, anomalias uterinas ou
complicações na gestaçã como um ou mais partos prematuros espontâneos, diabetes
gestacional ou pré-eclâmpsia. Avaliamos também exames pré-concepcionais (exames
laboratoriais, clínicos e de imagem).
Compartilhando e incentivando hábitos saudáveis
O
Grupo NotreDame Intermédica mantém em seu canal no YouTube diversos vídeos com
dicas e orientações valiosas que visam melhorar a qualidade de vida e auxiliar
na prevenção de riscos e
doenças
da população em geral, além de campanhas e vídeos institucionais. O canal pode
ser acessado clicando no link abaixo:
Site: www.gndi.com.br
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