Antigamente, casamento era
sinônimo de procriar e formar família. Hoje em dia os relacionamentos a
dois cada vez estão cada vez mais adquirindo outras funções nas vidas dos
cônjuges. Para o
psicólogo especialista em terapia de casais e sexualidade Oswaldo M. Rodrigues
Jr InPaSex (Instituto Paulista de Sexualidade de São Paulo) a valorização do casal como companheiros para viverem a
vida, os prazeres, as diversões, o trabalho e a dedicação para a vida a dois
aumenta de importância a cada dia mais, e assim, toma o espaço de outras
funções conjugais.
E esse valor da troca emocional e afetiva pode ser desenvolvida
através de meios não sexuais, não genitais, mas que ainda podem ser sexuais.
Afinal, o relacionamento sexual não se restringe e nunca foi restrito apenas as
partes genitais. “Então temos visto muitos casamentos onde o sexo não é o
primordial e isso tem aparecido nas últimas décadas chegando ao fenômeno da
assexualidade”, fala o psicólogo especialista em sexualidade.
Acabou
o desejo, acabou o amor?
Para Oswaldo, ainda existem preocupações
de que sexo seja uma resposta ao amor, e que se o sexo diminuísse ou acabasse
seria uma referência à diminuição ou fim do amor. Mas, ele explica que o amor é
um elemento afetivo, algo mais complexo do que as emoções primárias, reativas,
animais existentes no ser humano e as emoções são as vivências que ocorrem
durante o sexo, diferenciam-se dos afetos.
Revertendo o caso:
A boa notícia é que casais que reconhecem a diminuição de
atividades sexuais e de motivação para terem contatos íntimos podem mudar esta
situação. “Reencontrar os caminhos para as atividades sexuais é algo plenamente
possível, mas que exige reorganizações que nem sempre os casais percebem que
podem executar, o que os leva a procurar auxílio em psicoterapia de casais ou
na psicoterapia sexual”, diz o psicólogo.
O especialista fala que no Brasil ainda não é tão comum um casal
buscar ajuda para superar os problemas que ocorreram antes da separação.
Mas, que essa pode ser uma das melhores alternativas para retomada de um
casamento. “Se o casal soubesse como retomar a vida a dois sozinhos, já o
teriam feito” diz acrescentando que “a psicoterapia focada na sexualidade
auxiliará a cada um no casal a reconhecer as atividades que conduzem a
sensações prazerosas e desenvolver coerência entre o que fazem, pensam e sente
(tanto fisicamente quanto emocionalmente). Assim o caminho poderá ser muito
prazeroso para o casal e a psicoterapia funciona para estes casais que se
propõe a mudar e chegarem a um objetivo com essa ajuda psicológica”, completa.
Carla Zeglio - Experiência em psicoterapia sexual e
supervisão clínica com enfoque na sexualidade e faz atendimentos de casais em
psicoterapia. Graduada em Psicologia pela Universidade São Judas Tadeu (1995),
diretora e psicoterapeuta sexual do INPASEX- co-editora da Revista terapia
sexual: Pesquisa e Aspectos Psicossociais. Foi Tesoureira da FLASSES -
Federación Latinoamericana De Sociedades De Sexologia Y Educación Sexual (2003
/ 2005) e Membro do Comitê de Ética da FLASSES (2007-2011). Coordenadora e
Idealizadora do CEPES - Curso de Especialização em Psicoterapia com enfoque na
Sexualidade. Organizou e presidiu os encontros Brasileiros de Análise do
Comportamento e Terapia Cognitivo-Comportamental com Casais e Família (2012 e
2013).
Oswaldo M. Rodrigues
Jr - Psicólogo formado pela UNIMARCO (1984); foi Secretário Geral e
Tesoureiro da WAS – World Association for Sexology (2001-2005); Presidente da
ABEIS – Associação Brasileira para o Estudo da Inadequação Sexual (2003-2005);
dedica-se a tratar de problemas sexuais junto ao InPaSex – Instituto Paulista
de Sexualidade – do qual é fundador e diretor. Autor de mais de 100 artigos
científicos e mais de 35 livros, dentre eles: Parafilias (Ed. Zagodoni) Terapia
da Sexualidade (2 vol., Ed. Zagodoni); editor chefe da Revista Terapia Sexual :
clínica, pesquisa e aspectos psicossociais e co-cordenador do CEPES – Curso de
Qualificação em Psicoterapia Sexual do Instituto Paulista de Sexualidade..
http://psicologia.inpasex.com.br/
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