sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Presentear com um pet no Natal exige muita reflexão



Conheça também alguns cuidados que devem ser tomados com os animais de estimação no período de férias e festas.


 Muitas pessoas acabam escolhendo o Natal como o momento certo para presentear a família com um novo membro: um pet. Mas, essa decisão nem sempre é tomada de forma consciente. Ter um animal de estimação exige dedicação, paciência, ensinamentos e, ainda, gera gastos.

Será que quem vai receber um pet de presente tem tudo isso a oferecer? Há quem esqueça que cuidar de um animal exige tempo para levá-lo para passear, para visitas regulares ao Médico-Veterinário, assim como limpar cocô e xixi. 

Infelizmente, muitas vezes os motivos acima são a causa para que eles sejam abandonados ou devolvidos aos abrigos.  Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem mais de 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães abandonados no Brasil. Em cidades grandes, para cada cinco habitantes há um cachorro. Destes, 10% estão abandonados. No interior, em cidades menores, a situação não é muito diferente. Em muitos casos o número chega a 1/4 da população humana.

Os motivos que geram o abandono são inúmeros, o que mostra uma pesquisa conduzida, no Brasil, pelo Ibope e o Centro de Nutrição e Bem-Estar Animal WALTHAM™. Nos dados, apenas 41% dos tutores afirmam que levariam o animal junto, caso tivessem que se mudar. Outros 14% justificam o abandono alegando motivos facilmente contornáveis, alguns deles como: não ter tempo para cuidar como gostaria; porque o comportamento era inadequado; porque o filho nasceu; porque era muito caro. 

Por isso, antes de comprar ou adotar para presentear alguém com um pet é preciso refletir bem sobre o assunto e ficar atento a algumas responsabilidades. 

Confira algumas dicas do Programa PEDIGREE® Adotar é Tudo de Bom, que há 9 anos no Brasil tem como objetivo mudar a realidade de cães abandonados por meio da sensibilização, conscientização e mobilização da população para a causa da adoção, do apoio aos abrigos que resgatam e promovem a adoção consciente e da educação da população sobre a posse responsável.

1) Quanto menor é a casa, menor deve ser o pet. Cachorros grandes, em um ambiente pequeno, podem ter problemas de adaptação, por exemplo.

2) Antes de adquirir um animal, importante considerar o tempo médio de vida que é de 12 anos. Pergunte à família se todos estão de acordo, se há recursos necessários para mantê-lo e verifique quem cuidará dele nas férias ou em feriados prolongados. Não faça nada por impulso.

3) Antes de adotar ou adquirir, pesquise sobre o animal e veja se ele é compatível com o seu estilo de vida e perfil.

4) Caso você já tenha outros pets em casa, apresente o novo morador de forma gradual e fique sempre atento à convivência.

5) Mantenha o animal sempre dentro de casa, jamais solto na rua. E na hora do passeio, leve os cães com uma coleira ou guia.

6) Evite as crias indesejadas. Castre machos e fêmeas. A castração é a única medida definitiva no controle da procriação e não tem contraindicações.

7) Cães e gatos precisam de alimentação de qualidade e muita água fresca e limpa.

8) Cuide da saúde física do animal. Forneça abrigo, alimento, vacinas e leve-o regularmente ao Médico-Veterinário. Dê banho, escove e exercite-o.

9) Zele pela saúde psicológica do animal. Dê atenção, carinho e ambiente adequado a ele.

10) O Brasil tem milhões de cães e gatos abandonados. Esqueça o mito característico da adoção: pets adultos se adaptam com facilidade às mudanças.



Vale também ficar atento aos cuidados necessários nas festas e viagens de final de ano

Encontros de família, casa enfeitada, viagens... A chegada do mês de dezembro é esperada por muita gente, mas pode representar um perigo para os pets. Os animais costumam sofrer com fogos de artifício, podem ingerir alimentos inadequados nas festas e, ainda, sentem muito calor nos dias mais quentes. Para que os pets passem bem esta época do ano, veja  algumas dicas para garantir o bem-estar e a segurança dos animais de estimação.

• Cuidado com os enfeites de Natal, especialmente as luzes das árvores. Eles provocam a curiosidade dos animais, que costumam mastigar e ingerir os objetos. O ideal é evitar decorações que possam se partir, e que ao serem ingeridas provoquem perfurações intestinais. 

• Não compartilhe a ceia de Natal e Ano Novo, por menor que seja a porção. Parece um carinho, mas nem tudo o que é bom para nós é bom para gatos e cães. Além de uma pequena porção de comida poder ultrapassar as necessidades energéticas diárias dos pets (e ajudar na obesidade), alguns alimentos podem causar alterações gastrintestinais, que podem ser discretas ou graves.

• Fuja dos rojões e fogos de artifícios. Muito utilizados nesta época do ano, eles causam terrível sofrimento aos animais. Por terem a audição mais sensível, os cães são os que mais sentem incômodos, que se manifestam através de tremores, latidos, tentativas de fuga e, muitas vezes, acabam se machucando. O ideal é não deixar o animal sozinho. Se possível, isole o som e a iluminação para diminuir o estresse dos gatos e cães.

• Levar gatos e cães à praia exige cuidados especiais com alguns tipos de parasitas. Informe-se previamente com o Médico-Veterinário de sua confiança e lembre-se que em muitas praias a permanência de animais de estimação é proibida.

• Fique atento ao piso quente que pode queimar as patas e causar sofrimento aos pets. Também atente ao calor que ele sente quando exposto ao sol, principalmente os gatos e cães de pelos longos. Mantenha sempre água limpa e fresca à disposição.

• Se a viagem for de carro, passeie com o animal antes dele entrar no carro para que ele faça suas necessidades. O ideal é acostumar o animal com o movimento antes de iniciar o percurso.  Não é indicado que o animal seja alimentado antes das viagens e durante o trajeto, já que eles podem ficar enjoados. Nunca deixe o pet solto dentro do carro. O recomendado é utilizar caixa de transporte adequada ou, para cães, cinto de segurança próprio. Não permita que o animal coloque a cabeça para fora da janela, pois isso pode causar otite ou machucados em caso de impacto com insetos ou pedras.





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