Já parou
para pensar como a popularização de recursos tecnológicos mudou a educação? Se
fizermos um paralelo com o ensino que tivemos quando mais novos, veremos que a
tecnologia tem permeado as mais recentes metodologias educacionais – desde o
ensino primário até o superior. Levando isso em consideração, veremos a
importância das escolas se adequarem a esse cenário, adotando soluções robustas
que permitam acesso a conectividade e, consequentemente, estimulem o melhor
desempenho dos alunos.
Você pode estar se perguntando: mas
por que dar tanta atenção para o digital quando o real ensino acontece na troca
com os professores? As relações entre alunos e educadores são realmente
fundamentais para um bom ensino, mas considere que, atualmente, os alunos podem
encontrar respostas para praticamente qualquer pergunta em poucos segundos ao
usar um celular, laptop ou tablet, o que, sem dúvidas, mudou muito a concepção
de aprendizado.
Em uma sala de aula moderna, os
educadores atuam como facilitadores, incentivando os alunos em suas pesquisas
individuais e em esforços colaborativos. Um artigo recente do Boston Globe[1] traz um bom exemplo de instituição que
tem usado essas mudanças a seu favor. A publicação relata que a faculdade de
medicina da Universidade de Vermont (EUA) promete abolir todas as suas aulas
tradicionais até 2019. A ideia é formar médicos com a habilidade de ouvir com
atenção, preparados para a pesquisa científica, a colaboração e o pensamento
crítico.
Com o uso da tecnologia, como sistemas
de gestão da aprendizagem (LMS), e-mail e mídias sociais, os professores podem
fornecer conteúdo - vídeos, podcasts, aulas, palestras pré-gravadas etc - para
os alunos antes de entrarem na sala de aula. Por isso, acredito que em pouco
tempo será essencial aos centros educacionais a garantia de contas de acesso,
flexibilidade para impressão de arquivos a partir de qualquer lugar, conexão
segura entre as salas de aula e ambientes externos e dispositivos
móveis.
Isso não significa que a educação deve
ser baseada apenas nas experiências digitais. Na verdade, a troca de
experiências e orientação dos educadores é fundamental para que as soluções
sejam bem aproveitadas pelos alunos. Tanto é que, de acordo com um recente
estudo[2], a tecnologia na sala de aula é mais
eficaz quando usada com foco cognitivo, em vez de expositivo. O mesmo relatório
também indicou que os alunos gostam de usar computadores fora da sala de aula
para atividades de formação profissional e interação social. Sendo assim, a
tecnologia deve funcionar como uma extensão da experiência natural do aluno.
Vale ressaltar que o desempenho
continua sendo o cerne das instituições de ensino. Por isso, os diretores
acadêmicos precisam observar de perto os requisitos curriculares locais e globais,
a proporção de alunos por educador e a qualidade geral do ensino e das
ferramentas inovadoras.
Em síntese, acredito que a
transformação dos métodos tradicionais se concentrará na atração de talentos e
na satisfação das necessidades e demandas da próxima geração de alunos.
Os melhores centros de ensino do futuro serão aqueles que integrarem a
tecnologia às salas de aula e a seus processos de "back-office". O
resultado final será um ambiente que enriquecerá a interação entre professores,
tecnologia e alunos.
Fernando Maroniene -
vice-presidente de marketing da Ricoh para a América Latina
[2] Yang, Zheng , Burcin Becerik-Gerber and Laura Mino. "A study on student perceptions of higher education classrooms: Impact of classroom attributes on student satisfaction and performance."
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