Farmacêutico explica como identificar se você está se
automedicando e alerta para os perigos
Os medicamentos são a principal causa
das intoxicações registradas no Brasil, seguidos por produtos de limpeza,
agrotóxicos e alimentos estragados, segundo dados da Anvisa e do Sistema
Nacional de Informações Toxicológicas (Sinitox). A cada hora, três brasileiros
sofrem por intoxicação causada por medicamentos, na maior parte das vezes
consumidos sem a orientação de um médico ou farmacêutico.
Uma pesquisa realizada recentemente com
8.000 usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) em 272 cidades do Brasil mostrou
que 10% dos pacientes usavam cinco ou mais medicamentos por dia. Esse consumo
indiscriminado pode causar efeitos indesejáveis e trazer sérios riscos à saúde.
Adriano Ribeiro, farmacêutico da rede
nacional de farmácias Extrafarma, listou os principais erros na hora de usar
medicamentos e os danos causados pela automedicação.
9 hábitos das
pessoas que se automedicam
- Consumir analgésicos e
anti-inflamatórios em excesso
- Usar medicamentos por recomendação de
amigos ou parentes
- Aumentar por conta própria a dose dos
medicamentos
- Usar remédios caseiros, chás e
vitaminas para tratar sintomas de doença, sem o devido acompanhamento
- Recorrer ao famoso “Dr. Google” e
confiar em tudo o que lê na internet
- Interromper o tratamento antes do
prazo recomendado
- Comprar medicamentos em locais sem
regulamentação
- Usar produtos com validade vencida
- Comprar medicamentos fora da embalagem
original ou com o lacre violado
5 riscos da
automedicação
- Causar intoxicação
- Mascarar sintomas de doenças graves
- Cortar ou potencializar o efeito de
outras medicações
- Tornar o organismo resistente a
tratamentos
- Tornar o organismo dependente de
substâncias presentes no medicamento
“Diante de
qualquer sintoma, o melhor a fazer é procurar um médico. Mas o farmacêutico
também cumpre um papel importante, pois está capacitado para informar o
consumidor sobre os riscos potenciais relacionados ao uso dos medicamentos. Ele
é o último profissional a entrar em contato com o paciente antes do início do
tratamento, portanto sua ajuda é essencial”, ressalta Thais
Pereira, também farmacêutica da Extrafarma.
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