Em novembro de 2012, o presidente chinês, Xi Jinping,
discursou dizendo que o país precisa conhecer mais o mundo assim como o mundo
também precisa conhecê-lo. E agora, em outubro deste ano, o líder confirma o
mesmo caminho e a China continua com a política de abertura do mercado.
Sob a liderança de Xi Jinping, o gigante asiático obteve um
fantástico crescimento nos últimos cinco anos, período esse em que o PIB
saltou de 54 trilhões para 80 trilhões de yuans (cerca de 12 trilhões de
dólares). Apenas para se ter uma ideia, o país deve, este ano, adicionar
mais de 700 bilhões de dólares de riqueza ao PIB. Tal resultado é um sinal
muito positivo para o Brasil já que, por quase uma década, a China tem sido o
principal mercado de destino das exportações brasileiras.
Além disso, a China nos últimos 5 anos tem trazido mais de
53 bilhões de dólares em investimentos diretos anunciados em diversos setores
da economia brasileira como óleo e gás, energia (tanto em transmissão como em
geração), infraestrutura, tecnologia, dentre outros. Isso sem contar os
inúmeros projetos de investimento em fase de prospecção e maturação nos
segmentos de energia renovável, infraestrutura de comunicação, internet,
locomoção, ferrovia, portos e saneamento.
Outro ponto de destaque do plano do governo é a continua
urbanização, que aliada a uma nova classe média que não para de crescer e que
está ávida para comprar novos produtos e serviços, significa mais importações e
oferta de serviços globais de nível cada mais abrangente e exigente.
Diante desse cenário, fica evidente como a transformação
econômica da China abre novas oportunidades para as empresas brasileiras
aumentarem a presença na China, o que significa, também, chances de parceria
para trocas de conhecimento para benefício mútuo.
Entretanto, é preciso atenção a um ponto cultural
extremamente importante. Para participar das diversas oportunidades que se
nascem todo dia, é preciso criar ou fortalecer o seu guanxi, que é a rede de relacionamentos dentro
da China. E isso significa visitar o país, fazer contatos e criar amizades
duradouras.
Tal ação se aplica até mesmo em setores onde a China possui
elevada capacidade de produção como, por exemplo, a indústria de calçados.
Esse, que é um segmento tradicionalmente forte e muito expressivo, ainda faz um
grande número de importações. Devido a isso, existem empresas, inclusive no
Brasil, que vendem parte da produção já finalizada para o mercado chinês. Mas
que foi possível a partir de anos cultivando o guanxi.
Conforme anunciado, a China agora possui novas metas
ambiciosas para os próximos 30 anos. A primeira fase será tornar-se uma nação
inovadora de primeira linha até 2035. Depois, até 2050, o foco é ter influência
global pioneira. E, por isso, não há dúvidas que o país continuará seguindo o
ritmo de investimentos no exterior e aumentando o fluxo de importação e
exportação, o que abre diversas oportunidades ao Brasil. Do nosso lado, é
preciso que busquemos conhecer mais a China e cada vez mais cultivar
o guanxi. Há espaço e
oportunidades para todos.
Daniel Lau - sócio da KPMG no
Brasil
Twitter: http://www.twitter.com/@kpmgbrasil
Site: kpmg.com/BR
Linkedin: www.linkedin.com/company/kpmg-brasil
Facebook: facebook.com/KPMGBrasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário