A
nova substância, Memantina, estará disponível para casos graves e moderados da
doença. Dados indicam que 1/3 da população idosa sofrem com o Alzheimer
Os pacientes
que sofrem com o Alzheimer terão mais uma opção de tratamento no Sistema Único
de Saúde (SUS). O medicamento “Memantina” foi incorporado nesta quinta-feira
(9/11), pelo Ministério da Saúde e estará à disposição da população em até 180
dias nas unidades de saúde do país. O novo fármaco, que será ofertado em
comprimidos, proporcionará melhor qualidade de vida dos pacientes com esta
doença, que afeta um terço da população idosa.
A decisão da oferta do medicamento no
SUS ocorreu após avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias
no SUS (CONITEC) em julho deste ano. “A incorporação é uma luta antiga de
representantes e pacientes que sofrem com a doença. É uma conquista
significativa que influenciará favoravelmente na qualidade de vida dos doentes
e cuidadores”, afirmou Marco Fireman, Secretário de Ciência, Tecnologia e
Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.
O mal de Alzheimer atinge 33% da
população com mais de 85 anos de idade. No Brasil, estima-se que haja 1,1
milhão de pessoas com a doença. O Alzheimer é neurodegenerativo, causado
pela morte progressiva de células do cérebro, prejudicando funções como
memória, atenção e orientação e linguagem, o que gera graves consequências para
qualidade de vida dos pacientes.
TRATATAMENTO - O Protocolo Clínico de Diretrizes Terapêuticas sobre a Doença
de Alzheimer foi criado em 2002 e atualizado em 2010 e 2013. O documento
estabelece o tratamento multidisciplinar e deve envolver os diversos sinais e
sintomas da doença.
Apesar de não ter cura para a doença
de Alzheimer, o tratamento e o cuidado adequados nos diversos pontos de atenção
Rede SUS podem proporcionar uma maior sobrevida e mais qualidade de vida. O
tratamento proporciona alívio dos sintomas e a estabilização ou retardo da
progressão da doença, proporcionando mais autonomia e independência funcional
pelo maior tempo possível.
Por isso a importância do trabalho
multidisciplinar ofertados nos serviços especializados em reabilitação, com a
presença de fonoaudiólogo, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional e suporte
psicológico e familiar, buscando evitar e/ou retardar a perda das
funcionalidades e habilidades cognitivas. Tais serviços são ofertados na Rede
SUS nos Centros Especializados em Reabilitação. Atualmente, o Brasil conta com
139 Centros Especializados em Reabilitação habilitados pelo Ministério da Saúde
para realizar diagnóstico e ofertar o tratamento.
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