Um estudo realizado pela Cobli - startup paulistana de gestão de frotas, telemetria e roteirização - revelou que
o motorista médio de São Paulo reduz 25% a velocidade do veículo quando
avista um radar e apenas 10 metros depois do equipamento já está de volta à
sua velocidade anterior.
Além de comprovar o hábito que alguns condutores têm de tirar
o pé do acelerador apenas quando estão perto dos radares, o levantamento
conseguiu também quantificar os riscos envolvidos na atitude.
"Freadas bruscas aumentam 14% à uma distância de 10
metros dos radares. Além dos riscos de acidentes, esse tipo de comportamento
promove um desgaste excessivo dos componentes de freio como as pastilhas e
discos para carros leves e tambores e lonas para veículos pesado. A atitude
também aumenta gastos relacionados com combustível e pneus", explica
Rodrigo Mourad, diretor de operações da empresa.
Os números foram obtidos através de um levantamento de mais de
dois milhões de dados de velocidade de 91 radares de 50 km/h das avenidas 23
de Maio e Marginal Tietê, em São Paulo.
Os dados foram levantados depois que a Companhia de Engenharia
de Tráfego (CET) e a gestão João Doria (PSDB) divulgaram que iam começar a
fiscalizar o motorista pela velocidade média que ele leva de um ponto a outro
nas avenidas 23 de Maio, Bandeirantes e Marginal Tietê. A medida já está
valendo desde a última quarta-feira (1), mas como a legislação federal não
permite a aplicação de multas com esse tipo de fiscalização, os motoristas
que forem flagrados apenas receberão uma carta notificando o excesso de
velocidade.
Ainda de acordo com a Cobli, se a nova medição gerasse multas,
os motoristas paulistanos seriam autuados 39,7% a mais, por ano.
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