quinta-feira, 2 de novembro de 2017

Dia de Finados - Donos de animais de estimação enutados levam flores e velas em crematório



A partir de 2018, animais terão data própria para homenagens de donos enlutados Dia da Memória Pet foi aprovado pelo Governo de São Paulo

 Crematório para animais Pet Memorial recebe donos enutados em Dia de Finados
Deputado Paulo Correa Jr cria "Dia da Memória Pet" 

A partir de 2018, animais terão data própria para homenagens de donos enlutados


 

O Crematório Pet Memorial recebeu os donos enlutados que perderam seus animais de estimação e querem relembrar sua memória. O assunto agora ganha cada vez mais importância, com a aprovação no último dia 17 de outubro da lei que institui o Dia da Memória Pet, em São Paulo.


Primeiro e maior crematório de animais de estimação da América Latina, o Pet Memorial tem promovido a data todos os anos. “É um importante momento de conscientização sobre a importância dos animais de estimação em nossas vidas”, diz Evans Edelstein, diretor do Pet Memorial.

Segundo Joelma Ruiz, psicóloga especialista em luto e consultora do Pet Memorial, a proposta é ajudar as pessoas a aprenderem a lidar com o luto, algo que ainda não é bem aceito quando se trata de animais. A programação inclui acompanhamento psicológico em terapia de grupo e visitas guiadas com as pessoas que quiserem prestar homenagens com flores, ascender velas ou fazer orações. O espaço conta também com capela ecumênica para receber os interessados.

A dentista Andréa Cristina de Souza, juntamente com a mãe, Alice de Souza, foi até o Pet Memorial com a urna que guarda as cinzas de Dogde, para levar flores e velas na capela onde ocorreu a despedida do poodle, cremado em janeiro de 2016. aos 17 anos. "Resolvemos cremá-lo e minha mãe guarda as cinzas em casa. Minha mãe que antes queria um enterro tradicional agora quer ser cremada, para que as cinzas dela se misturem com a dele e seja jogada no mar", completa. "Eu e mãe também vamos na igreja São Franscico de Assis todos os ultimos domingos do mês para rezar pelo nosso 'cãopanheiro'. Todos os dias, às 18h, minha mãe reza por ele olhando para uma estrelinha que acreditamos ser ele olhando por nós aqui", relembra com emoção.


Finados Pet


Além das homenagens no Dia de Finados, a partir do ano que vem os peludos terão uma data própria. No último dia 17 de outubro, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, sancionou a lei que institui o “Dia da Memória Pet”, no segundo domingo de setembro. O projeto é baseado no “Pet Memorial Day”, que já existe há mais de 40 anos nos EUA e na Europa.

A ideia é replicar aqui o que já é feito lá fora:  visitas aos locais prediletos dos pets levando seus brinquedos, plantio de árvores e “scrapbooks” criados com fotos dos melhores momentos dos animais para divulgação nas redes sociais. Na data também são feitas visitas a Ongs, ações contra o abandono de animais e campanhas de adoção. “Promovendo melhores condições para outros animais, os tutores têm uma sensação de gratidão por terem feito algo por uma boa causa”, acredita EvansEdelstein, diretor do Pet Memorial.

Segundo Joelma Ruiz, psicóloga especialista em luto, a data é importante para reconhecer essa dor. “A ideia é ajudar a sociedade a validar esse sofrimento”, explica. “O luto pela perda de animais ainda não é reconhecida pela sociedade, porque a gente não tem regras e normas para esse sentimento. No mesmo dia em que a pessoa perde o animal ela precisa voltar para a sua rotina”, ressalta Joelma.

Andréa concorda sobre a importância de um dia oficial para relembrar os companheiros de quatro patas. "É

A lei é de autoria do deputado Paulo Correa Jr, presidente do Partido Ecológico Nacional  (PEN), e foi incluída no calendário oficial do Estado dada ao ‘tamanho da importância e da relevância que os animais de estimação têm, não só para as pessoas, mas para a economia. “Agora teremos uma data especial para lembrar os pets e celebrar a memória de seus animais queridos”, justifica.

"A data pode fazer toda a diferença no processo de cura do luto. Ter uma data exclusiva para os animais pode facilitar o processo do luto, pois quando compartilhamos o sofrimento, temos mais condições de passar por esse processo”, finaliza Evans.






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