Doença está associada a morte súbita, que no Brasil,
estima-se ocorrer mais de 300 mil casos/ano
Cansaço, palpitações,
desmaios e tonturas, confusão mental, falta de ar, pressão baixa e dor no peito
podem ser indícios de arritmia cardíaca. Nesse momento, quando o coração demonstra que está “fora do compasso”,
é necessário buscar tratamento com um cardiologista ou mesmo um arritmólogo -
cardiologista especialista em arritmia. Essa doença, algumas vezes, pode
não apresentar sintomas prévios e o primeiro sinal de que algo esta errado com
o nosso corpo, conhecido popularmente como morte súbita, pode ser fatal. No
Brasil, dados apontam que por ano ocorrem mais de 300 mil casos de morte súbita
por doenças cardiovasculares, destes, 250 mil provocados por arritmias
cardíacas.
A arritmia é uma alteração no ritmo normal do coração que produz
frequências cardíacas velozes, lentas e/ou irregulares. Nos batimentos
acelerados (mais de 100 por minuto), o problema é chamado de taquicardia. Já
nos lentos (menos de 60), de bradicardia. Para identificar a doença é
necessário fazer uma série de exames, e a maioria só podem ser realizados em
hospitais.
- Observamos que nas emergências hospitalares muitos são os casos
de busca por atendimento devido a arritmias cardíacas. Nos hospitais da Rede
D’Or São Luiz, isso corresponde a 1% de toda a demanda, o que significa uma
média de 33.500 mil pacientes por ano. Estatísticas apontam que nos próximos dez anos
uma epidemia de fibrilação atrial, como também é conhecida a arritmia, afetará
cerca de 20% da população mundial. Por isso a importância de se descobrir e
tratar a arritmia precocemente. O tratamento evita a formação de coágulos, que
podem subir ao cérebro e até levar o paciente à morte – explica a Dra. Olga
Ferreira de Souza, coordenadora do serviço de arritmia e eletrofisiologia da
Rede D'Or São Luiz.
Tratamento –
Muitas são as opções de tratamento disponíveis, desde a mais convencional como
a ablação por radiofrequência, realizada por cateterismo; o uso de medicações
anticoagulantes, que impedem a formação de coágulos; medicamentos que evitam
novos surtos e sintomas. Até o tratamento mais inovador, feito por crioablação,
procedimento para corrigir o ritmo cardíaco é realizado também via cateterismo
cauterizando as veias à temperatura de -50 C°. Esse novo tratamento é mais
simples e rápido, além de ter uma menor taxa de complicações.
Há,
também, como opção de tratamento para todas as arritmias, a colocação de um
marca-passo, indicado, na maioria das vezes para tratar as bradicardias, mas há
tipos especiais recomendados para prevenir morte súbita e para o tratamento da
insuficiência cardíaca. O dispositivo é responsável por manter uma cadência
cardíaca adequada às pessoas portadoras de arritmias, grupo de condições em que
o batimento cardíaco é irregular, sendo demasiado rápido ou lento. Segundo
dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), cerca de 350 mil pessoas
são portadoras de marcapasso no Brasil e, a cada ano, 39 mil dispositivos são
implantados em novos pacientes.
É
importante destacar que a escolha do tratamento é sempre feita pelos médicos
arritmologista e cardiologista.
Fatores de risco –
Hipertensão, obesidade, tabagismo, sedentarismo e cardiopatias são os
principais fatores de risco do desenvolvimento das arritmias cardíacas. A fibrilação
atrial é um tipo de arritmia mais associada ao envelhecimento, acima dos 65
anos – aumentando 20% naqueles com mais de 80 anos. A tendência é que com maior
expectativa de vida da população, os casos de arritmia cardíaca aumentem de 5 a
10% no país, nos próximos anos.
No entanto, este cenário pode ser alterado devido
a maus hábitos, como o consumo excessivo de álcool, o uso de drogas e
estimulantes. A prática excessiva de exercício físico – sem prévia avaliação
médica e acompanhamento profissional – também pode causar a arritmia cardíaca.
- É sempre indicado que as pessoas com mais de 35
anos, com histórico familiar de cardiopatia ou morte súbita, sejam submetidas a
consultas regulares com cardiologista, principalmente, porque não são todas as
pessoas que possuem fibrilação atrial que apresentam sintomas. Contudo, a
prevenção é forte aliada para evitar complicações – destaca a especialista.
Centro de Arritmias Cardíacas – A
Rede D’Or São Luiz dispõe de um serviço de excelência especializado no diagnóstico
e tratamento das arritmias cardíacas e um centro de avaliação de dispositivos
cardíacos eletrônicos implantáveis. Equipe especializada está à disposição para
atender os pacientes com Estudo eletrofisiológico, Ablação com rádio frequência
ou Crioablação e Dispositivos cardíacos eletrônicos implantáveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário