Especialista
revela 4 dicas para quem vai fazer mamografia
Histórico de câncer de mama na família é um
fator de risco muito importante quando o assunto é prevenção. Mas quem tem
mamas densas também se encaixa no grupo de risco e deve ser acompanhada de
perto por seu médico ginecologista. Apesar das campanhas internacionais, o
câncer de mama ainda está aumentando, em parte por causa da maior expectativa
de vida das pacientes, em parte por causa do sedentarismo, da obesidade, do
consumo elevado de álcool e até mesmo porque a maternidade está sendo adiada
para depois dos 40 anos. De acordo com Vivian Schivartche, médica
radiologista do CDB Premium, em São Paulo, acrescentar informações sobre
a densidade mamária nos laudos das mamografias acaba resultando num melhor modelo
de prevenção, já que mulheres com mamas densas têm até cinco vezes mais chances
de desenvolver câncer de mama em relação àquelas com baixa densidade mamária.
A especialista em diagnóstico da mama
afirma que um dos grandes desafios da mamografia é que mamas densas
(principalmente nos níveis três e quatro) podem dificultar a interpretação das
imagens. “Na imagem mamográfica é difícil diferenciar o que é tecido altamente
denso de um tumor. Os avanços da mamografia nos últimos anos, quando passou de
um simples exame em filme para um exame digital e, mais recentemente, para um
exame em três dimensões (tomossíntese), caminham na direção de aumentar a
detecção de tumores cada vez menores. Ao lado disso, a ultrassonografia e a
ressonância magnética também ajudam a encontrar alterações no meio do tecido
denso”.
Outro ponto que gera dúvidas de
interpretação são as calcificações. Elas fazem parte de muitos processos
da mama. Algumas são malignas, outras não. Por isso, muitas vezes é necessário
realizar imagens adicionais na mamografia ou ainda uma biópsia para chegar a um
diagnóstico definitivo. “A mamografia tomográfica costuma aumentar em até 30% a
detecção do câncer de mama, já que permite enxergar o tumor numa fase muito
precoce e em mamas densas e heterogêneas. Porém, em situações especiais, em
pacientes de alto risco, ou quando persistirem dúvidas, esses outros exames
devem ser realizados”.
A especialista afirma que, ao serem
chamadas para repetir o exame, as mulheres não devem temer nem sofrer
antecipadamente. “Entre 5% e 15% das pacientes costumam receber uma chamada
para imagens adicionais. Não significa que têm câncer de mama, mas que por
algum motivo as imagens não estão bem claras. Estudos apontam que pacientes
entre 40 e 49 anos têm 30% de chance de ter um resultado falso-positivo num
período de dez anos – ou seja, serem chamadas para fazer imagens adicionais sem
ter câncer”.
Vivian Schivartche revela quatro boas
dicas para quem vai fazer mamografia:
1. “Observe a reação
do seu corpo durante o ciclo menstrual e evite agendar a mamografia naqueles
dias em que as mamas estão mais sensíveis e doloridas”.
2. “Se puder escolher,
dê preferência às clínicas que investem em novas tecnologias, já que os novos
mamógrafos tornam o exame mais rápido e menos incômodo às pacientes. Outro
ponto importante é a clínica contar com um radiologista especializado em imagem
da mama para orientar a realização do exame”.
3. “Durante o exame,
procure seguir a orientação do profissional que está no comando, evitando
movimentos que possam comprometer o resultado final. Tenha em mente de que se
trata de um exame rápido, realizado somente uma vez ao ano, e que pode salvar a
sua vida”.
4. Se for chamada para
uma repetição, não tenha medo e procure agendar o quanto antes. Na hora do
exame, tente relaxar, permitindo a compressão necessária para a melhor imagem
possível. Oito em cada dez nódulos encontrados não têm nada a ver com câncer”.
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