terça-feira, 10 de outubro de 2017

Dia Nacional de Prevenção da Obesidade – 11 de outubro



 Obesidade é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo

Deixar o sedentarismo de lado, dormir bem e manter hábitos alimentares saudáveis são essenciais para prevenção


A Organização Mundial da Saúde (OMS), estima que, em 2025, cerca de 700 milhões de adultos no mundo sejam obesos e 2,3 milhões estejam com sobrepeso. No Brasil, a obesidade é um dos problemas que mais afeta a população. Os dados Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) do Ministério da Saúde apontam que o excesso de peso cresceu 26,3% em dez anos, de 2006 a 2016, passando de 42,6% em 2006 para 53,8% no ano passado.

O levantamento também mostrou que metade da população brasileira está acima do peso e que o número de obesos aumentou 60%. Os dados comprovam o motivo da obesidade estar no mapa de problemas de saúde pública no mundo. Desde 2008, o dia 11 de outubro foi escolhido como o Dia Nacional de Prevenção da Obesidade.

Segundo a Dra. Tarissa Beatrice Petry, endocrinologista do Centro Especializado em Obesidade e Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, os hábitos alimentares dos brasileiros têm impactado diretamente no crescimento da obesidade, interferindo também na prevalência de outras comorbidades como diabetes e hipertensão. “O consumo de bebidas adoçadas e refrigerantes, assim como outras guloseimas ricas em açucares e gorduras, aumentou muito entre os brasileiros nos últimos anos. Isso pode ter contribuído para o crescimento da população obesa”, explica.

Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro mais utilizado é o do Índice de Massa Corporal (IMC). Consideram-se obesas as pessoas com IMC superior a 30. Já as que têm IMC entre 25 e 29,9 são portadoras de sobrepeso. O IMC é calculado a partir da divisão do peso pela altura ao quadrado.

A médica enfatiza ainda a importância de a educação alimentar ser estimulada na infância. O número de crianças com sobrepeso e obesidade no mundo pode chegar a 75 milhões, até 2025, segundo a OMS.  “É nessa fase onde são construídos os principais hábitos de alimentação para toda a vida”, alerta Dra. Tarissa.

O tratamento clínico da obesidade é feito por meio de uma mudança de estilo de vida, com reeducação alimentar, adoção de hábitos saudáveis e a prática regular de exercícios físicos.


Tratamentos para a obesidade

Existem quatro medicamentos aprovados pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para tratamento de obesidade. “Muitos pacientes têm boa resposta a essas medicações, mas elas são um complemento ao tratamento. O fundamental é estimular a mudança de estilo de vida, que é a base para qualquer tratamento de perda de peso”.

Quando o tratamento clínico da obesidade não traz os resultados esperados, uma opção é a cirurgia bariátrica. Estudos recentes comprovaram que o procedimento muda o paladar, controla a saciedade e transforma a relação de recompensa com a comida, motivando ainda mais a mudança de estilo de vida.

No Brasil, a cirurgia é liberada apenas para pacientes com IMC igual ou superior a 40kg/m² e pode ser realizada em casos de IMC entre 35kg/m² e 40kg/m², desde que o paciente tenha comorbidades como, por exemplo, o diabetes.

“Quanto mais o obeso espera para procurar tratamento, maior a chance de complicações associadas à doença, como quadros de hipertensão, diabetes, enfarte e derrame. Além de um tratamento adequado, o ideal é unir esforços para investir na prevenção”, explica a médica.

Confira abaixo dez dicas para prevenção da obesidade:


1.       Faça de cinco a seis refeições por dia, com intervalo de três horas entre elas;

2.       Adote uma dieta saudável, rica em frutas, legumes, verduras e cereais integrais;

3.       Evite comer frituras, massas, pães e doces em excesso;
4.       Evite alimentos industrializados e fast food;

5.       Troque o refrigerante por água;

6.       Pratique 30 minutos de exercício físico quatro a cinco vezes por semana. Lembre-se: antes de iniciar qualquer atividade é importante passar por avaliação médica;

7.       Evite comer sentado em frente à TV, mexendo no celular ou computador. A pessoa pode acabar perdendo o controle do que está comendo e acabar ingerindo o alimento muito rápido, demorando mais para saciar a fome;

8.       Utilize mais vezes a escada, ao invés de elevador. Isso aumenta a queima de calorias;

9.       Não faça compras de alimentos nos supermercados antes das refeições e com fome. Isso evita a compra de alimentos mais calóricos;

10.   Durma pelo menos oito horas por dia. A privação de sono provoca impacto no apetite, na fome e no gasto energético.











Hospital Alemão Oswaldo Cruz

www.hospitalalemao.org.br




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