Por trás das notícias das mídias há incontáveis tipos de
violências, sejam na forma de corrupção, assaltos, homicídios, terrorismos,
catástrofes naturais, crises financeiras e desemprego. É fato que dor e
sofrimento atraem mais atenção do que felicidade, mas é também o que mais
ocorre. Além da possibilidade do próprio indivíduo passar diretamente pela
situação.
É preciso aprender a viver e para isso
duas aprendizagens fundamentais são necessárias para lidar com as violências
diretas e indiretas da vida: fazer o razoável para evitar problemas e aprender
a lidar com o problema, caso venha a ocorrer. Assim, cuidar bem do casamento
para ser bom e aprender lidar com a possibilidade de ficar ruim; dedicar-se ao
trabalho para garantir o sustento financeiro e aprender a lidar com a
possibilidade de ser demitido; cuidar da própria saúde e aprender a lidar com a
possibilidade de doença e certeza da morte; ser cauteloso para evitar assaltos
e aprender a lidar com a possibilidade de ocorrer.
Somos educados para aprendermos a
ser bem sucedidos, mas tão importante quanto, é aprendermos a perder, a
sermos rejeitados, a ficarmos em segundo ou último lugar, a sermos traídos, a
ter pouco dinheiro, a sermos demitidos e todos os outros sofrimentos normais da
vida.
Pode-se pensar em lidar de três formas
com as dores da vida: curá-las (resolver as causas delas), superá-las
(tornar-se superior a elas) ou tolerá-las (apenas aguentar o seu peso no dia a
dia). A Síndrome do Pânico é, no geral, curável; a morte de quem é amado,
superável e o homicídio de um filho, tolerável com o tempo.
Para as pessoas não sentirem suas
dores, lançam mão de distrações, seja trabalhando mais ou assistindo a mais
“jogos de futebol”; anestésicos, como antidepressivos, chocolate ou calmantes;
e negações, afirmando para si e para os outros que está bem, mas não está.
É preciso aprender a se distrair das
dores do viver, a anestesiá-las, a aceitá-las, a enfrentá-las, a aceitá-las e a
pensar em planos “B” e “C”.
E o meu avô me dizia melhor: “Bayard,
tudo pelo que você passar na vida, um grande pensador já passou e escreveu bem
sobre isso. Procure ele e estude-o”!
BAYARD GALVÃO -
Psicólogo Clínico formado pela PUC-SP, Hipnoterapeuta e Palestrante.
Especialista em Psicoterapia Breve, Hipnoterapia e Psiconcologia, Bayard é
autor de cinco livros, criador do conceito de Hipnoterapia Educativa e
Presidente do Instituto Milton H. Erickson de São Paulo. Ministra palestras,
treinamentos e atendimentos individuais utilizando esses conceitos. www.institutobayardgalvao.com.br
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