Qual o melhor parto para
mim? Essa é uma das perguntas mais frequentes que a mulher faz durante a
gestação.
Segundo
o ginecologista e obstetra, Alberto
Guimarães, defensor dos conceitos de Parto Humanizado e presidente do
Instituto Michel Odent, a melhor maneira de decidir o parto é pesquisar para
compreender o funcionamento de cada um deles.
Entre
os tipos de partos estão:
Parto Normal
Quando
falamos em parto normal nos referimos ao nascimento por via vaginal, isto é,
nomenclatura usada para dizer que não se trata de uma cesariana. No parto
normal, o bebê tem uma chance maior de nascer maduro, e com um pulmão
funcionando melhor. Também está mais propenso a ser amamentado logo ao nascer.
Além disso, cortar o cordão umbilical na hora adequada possibilita que
uma quantidade de sangue da placenta passe para o bebê permitindo que ele tenha
menos chance de ter uma anemia na fase inicial.
Para
a mãe, há uma grande possibilidade de ter menos sangramento, menos infecção, e
ainda, não compromete o útero em uma futura gravidez. A recuperação costuma ser
mais rápida e faz com que a mulher consiga lidar facilmente com seus cuidados
pessoais e de higiene.
Parto Humanizado
O
termo “humanizado” é muito discutido atualmente. Esse conceito veio para ficar
e não está relacionado à uma técnica e sim, uma circunstância quando a mulher
tem o controle da situação e as suas decisões são respeitadas e levadas em
consideração. O Parto Humanizado é uma tendência mundial cada vez mais
frequente, já que torna o momento do parto em uma experiência única, saudável e
instintiva.
O
PH entende que a ação é um ato fisiológico e natural da humanidade,
independentemente do local. É importante a mulher saber que ela pode e deve
procurar um atendimento totalmente humanizado, já que ela tem autonomia e
protagonismo durando todo o processo da gestação. O primordial é que ela tenha
à disposição uma equipe multidisciplinar que opte pela melhor forma de trazer o
bebê ao mundo. Além disso, durante o trabalho de parto, várias técnicas são
implementadas para auxiliar a gestante com o máximo de conforto possível na
utilização de banheiras, bolas de pilates e exercícios para facilitar o
nascimento do bebê de modo mais tranquilo.
Parto Cesárea
O
nascimento do bebê por cesariana é indicado para uma gestante que está em
trabalho de parto e precisa se submeter ao método por causa de alguma
complicação. O conceito básico consiste na retirada do bebê, de maneira suave e
tranquila por incisão no útero, exteriorização da cabeça e a retirada do
restante do corpo do bebê.
O
que precisamos ressaltar é que esse útero, fora de trabalho de parto, não está
se contraindo naturalmente e, portanto, a saída do bebê não é algo automático.
Então, não é algo tão fisiológico assim como no parto normal.
Parto de Lótus
Procedimento
no qual, após o nascimento, o bebê se mantém ligado à placenta pelo cordão
umbilical até que haja descolamento ou queda natural. Algumas gestantes adotam
este método por acreditarem nos benefícios espirituais ao bebê.
Sem
dúvidas, esta espera de ligadura tardia do cordão é muito importante e traz
inúmeras vantagens ao bebê: o sangue continuará levando oxigênio, ferro,
nutrientes e hormônios e, por isso, não há motivos para se fazer o seu corte
tão rapidamente. A equipe médica pode esperar a parada da pulsação para
realizar o corte do cordão e a consequente separação do bebê e a placenta.
Parto Fórceps
Fórceps
é uma ferramenta cirúrgica semelhante à uma colher. É utilizada para
ajudar as mulheres que estão em
trabalho de parto normal, mas que a criança não consegue
nascer espontaneamente.
Dr. Alberto
Guimarães
- Ginecologista e obstetra, defensor dos conceitos de parto humanizado,
presidente do Instituto Michel Odent, o médico encabeça a criação do Programa
Parto Sem Medo, um novo modelo de assistência à parturiente onde enfatiza que o
parto é um evento de máxima feminilidade e a mulher e o bebê devem ser os
protagonistas. Formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis e mestre pela
Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), atualmente exerce o cargo de gerente
médico para humanização do parto e nascimento do Centro de Estudos e Pesquisas
Dr. João Amorim, CEJAM, em maternidades municipais de São Paulo para o Programa
Parto Seguro à Mãe Paulistana.
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