quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Alberto Guimarães, defensor do Parto Humanizado, esclarece as dúvidas sobre os tipos de parto



 Qual o melhor parto para mim? Essa é uma das perguntas mais frequentes que a mulher faz durante a gestação. 


Segundo o ginecologista e obstetra, Alberto Guimarães, defensor dos conceitos de Parto Humanizado e presidente do Instituto Michel Odent, a melhor maneira de decidir o parto é pesquisar para compreender o funcionamento de cada um deles.

Entre os tipos de partos estão:


Parto Normal

Quando falamos em parto normal nos referimos ao nascimento por via vaginal, isto é, nomenclatura usada para dizer que não se trata de uma cesariana. No parto normal, o bebê tem uma chance maior de nascer maduro, e com um pulmão funcionando melhor. Também está mais propenso a ser amamentado logo ao nascer.  Além disso, cortar o cordão umbilical na hora adequada possibilita que uma quantidade de sangue da placenta passe para o bebê permitindo que ele tenha menos chance de ter uma anemia na fase inicial. 

Para a mãe, há uma grande possibilidade de ter menos sangramento, menos infecção, e ainda, não compromete o útero em uma futura gravidez. A recuperação costuma ser mais rápida e faz com que a mulher consiga lidar facilmente com seus cuidados pessoais e de higiene. 


Parto Humanizado

O termo “humanizado” é muito discutido atualmente. Esse conceito veio para ficar e não está relacionado à uma técnica e sim, uma circunstância quando a mulher tem o controle da situação e as suas decisões são respeitadas e levadas em consideração. O Parto Humanizado é uma tendência mundial cada vez mais frequente, já que torna o momento do parto em uma experiência única, saudável e instintiva. 

O PH entende que a ação é um ato fisiológico e natural da humanidade, independentemente do local. É importante a mulher saber que ela pode e deve procurar um atendimento totalmente humanizado, já que ela tem autonomia e protagonismo durando todo o processo da gestação. O primordial é que ela tenha à disposição uma equipe multidisciplinar que opte pela melhor forma de trazer o bebê ao mundo. Além disso, durante o trabalho de parto, várias técnicas são implementadas para auxiliar a gestante com o máximo de conforto possível na utilização de banheiras, bolas de pilates e exercícios para facilitar o nascimento do bebê de modo mais tranquilo.


Parto Cesárea

O nascimento do bebê por cesariana é indicado para uma gestante que está em trabalho de parto e precisa se submeter ao método por causa de alguma complicação. O conceito básico consiste na retirada do bebê, de maneira suave e tranquila por incisão no útero, exteriorização da cabeça e a retirada do restante do corpo do bebê. 

O que precisamos ressaltar é que esse útero, fora de trabalho de parto, não está se contraindo naturalmente e, portanto, a saída do bebê não é algo automático. Então, não é algo tão fisiológico assim como no parto normal.


Parto de Lótus

Procedimento no qual, após o nascimento, o bebê se mantém ligado à placenta pelo cordão umbilical até que haja descolamento ou queda natural. Algumas gestantes adotam este método por acreditarem nos benefícios espirituais ao bebê. 

Sem dúvidas, esta espera de ligadura tardia do cordão é muito importante e traz inúmeras vantagens ao bebê: o sangue continuará levando oxigênio, ferro, nutrientes e hormônios e, por isso, não há motivos para se fazer o seu corte tão rapidamente. A equipe médica pode esperar a parada da pulsação para realizar o corte do cordão e a consequente separação do bebê e a placenta.


Parto Fórceps

Fórceps é uma ferramenta cirúrgica semelhante à uma colher. É utilizada para ajudar as mulheres que estão em trabalho de parto normal, mas que a criança não consegue nascer espontaneamente. 





Dr. Alberto Guimarães - Ginecologista e obstetra, defensor dos conceitos de parto humanizado, presidente do Instituto Michel Odent, o médico encabeça a criação do Programa Parto Sem Medo, um novo modelo de assistência à parturiente onde enfatiza que o parto é um evento de máxima feminilidade e a mulher e o bebê devem ser os protagonistas. Formado pela Faculdade de Medicina de Teresópolis e mestre pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP), atualmente exerce o cargo de gerente médico para humanização do parto e nascimento do Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim, CEJAM, em maternidades municipais de São Paulo para o Programa Parto Seguro à Mãe Paulistana.




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