Especialista aponta
12 sintomas desse problema de saúde bucal
Xerostomia é uma palavra de origem grega
que significa “boca seca” – condição que se caracteriza pela diminuição da
produção salivar. Fisiologicamente, a salivação começa a diminuir a partir dos
30 anos. Aos 60 anos, a pessoa tem metade da saliva de um jovem. O problema é
que todos precisam de saliva para digerir os alimentos, limpar a boca e
controlar a população de bactérias, evitando infecções. De acordo com o
cirurgião-dentista Artur Cerri, coordenador de pós-graduação lato sensu
e extensão da FAOA (Faculdade de Odontologia da Associação Paulista
de Cirurgiões-Dentistas), a queda no volume de saliva produzido pela boca
acaba dificultando a deglutição e diminuindo a resistência bucal. Quando não
diagnosticada e tratada a tempo, essa condição pode resultar, inclusive, na
perda dos dentes.
“A síndrome da boca seca pode ser
fisiológica ou indicar algumas doenças sistêmicas, acelerando o aparecimento de
cárie, infecção bucal e, principalmente, gengivite. Além de comprometer a saúde
bucal do idoso, acaba interferindo na saúde em geral e em sua qualidade de
vida, porque o paciente naturalmente passa a comer menos e ingerir apenas
alimentos macios ou líquidos. Esse ciclo vicioso precisa ser interrompido”,
alerta Cerri.
De acordo com o especialista, a ‘síndrome
da boca seca’ tem 12 sintomas muito comuns e que podem ser facilmente
identificados – apesar de não precisar ocorrer todos ao mesmo tempo para
caracterizar o problema:
1.
Sensação
pegajosa na língua;
2.
Língua
avermelhada, áspera ou seca;
3.
Sensação
ruim na garganta, como se fosse um pigarro;
4.
Feridas
nos cantos da boca;
5.
Fissuras
nos lábios;
6.
Ardência
lingual;
7.
Mau
hálito;
8.
Sede
frequente;
9.
Dificuldade
ao falar;
10.
Rouquidão;
11.
Secura
nas vias nasais;
12.
Dor
de garganta.
Cerri afirma que, além do processo de
envelhecimento, uma das causas mais comuns são os efeitos colaterais de
determinados medicamentos para tratar depressão, ansiedade, obesidade, dor,
alergia, asma, incontinência urinária, mal de Parkinson etc. Também pode se
tratar de um desdobramento de determinadas doenças, como diabetes, anemia,
fibrose cística, hipertensão e artrite reumatoide, entre outras. “Não podemos
descartar outras causas, como desidratação e danos ao sistema nervoso,
principalmente após traumas ou cirurgias. Mas outra causa muito comum é o fumo.
O fumante passa muito tempo respirando pela boca enquanto fuma, e isso acaba
agravando o quadro”.
Ao identificar um ou mais sintomas, o
paciente deve reportar o problema imediatamente ao médico. Só assim poderão ser
providenciados ajustes nas dosagens das medicações ingeridas diariamente ou até
mesmo sua substituição. “É importante que as pessoas mantenham uma excelente
higiene oral. Além de prevenir contra a maior parte das doenças bucais, escovar
bem os dentes, fazendo uso do fio dental diariamente, poderá ajudar na
prevenção da xerostomia. Ingerir bastante líquido ao longo do dia e adotar uma
alimentação rica em alimentos com alto teor de água também é indicado para a
maioria das pessoas, principalmente para o idoso”, diz Cerri – lembrando que
essa rotina controla os efeitos da boca seca durante as refeições e evita que a
pessoa passe a comer menos e a ficar com a musculatura oral enfraquecida.
Fonte:
Prof. Dr. Artur Cerri -
coordenador de pós-graduação lato sensu e extensão da FAOA (Faculdade de Odontologia da Associação Paulista de
Cirurgiões-Dentistas) – www.faoa.edu.br
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