Otorrinolaringologista explica como aproveitar o
show preservando a saúde
Todos sabem a alegria de ir a um show esperado ou a
uma balada com os amigos. Mas a exposição excessiva aos sons muito altos pode
trazer danos a audição e causar problemas vocais, como dor de garganta e
amigdalite. Além da exposição, o consumo de bebidas geladas e o hábito de fumar
podem trazer consequências desagradáveis. Segundo a otorrinolaringologista do
Hospital Federal da Lagoa, Dra. Luciane Mello, “durante esses eventos é normal
as pessoas elevarem o tom de voz para falar ou mesmo cantar, associado ao
consumo de bebidas alcoólicas e também geladas com o corpo ‘quente’. Além do
ressecamento da mucosa respiratória e da transição brusca de temperatura, o
abuso vocal pode levar a inflamações na garganta e a rouquidão”.
Outro problema é quando uma pessoa fica por muito
tempo exposta aos altos níveis sonoros. Quando realizado de maneira abrupta e o
som demasiadamente elevado, pode levar a perdas de células auditivas, de
maneira irreversível. “É comum depois desses momentos, as pessoas sentirem
zumbidos, dores de ouvido, irritação e diminuição da capacidade de ouvir. No
caso desses sintomas persistirem por muito tempo após a exposição é importante
que a pessoa procure um especialista para uma correta avaliação e conduta”,
destaca Luciane.
Confira as principais dicas da especialista para
curtir os shows de seus artistas favoritos, sem prejudicar sua saúde:
- Evite permanecer por muito tempo no mesmo local
com o som "ensurdecedor";
- Procure não abusar da voz de maneira prolongada;
- Fique atento as mudanças bruscas de temperatura
(se estiver frio, leve um agasalho para colocar na saída do espetáculo);
- SEMPRE, hidrate-se!! Carregue um copo/garrafa com
água durante todo o show;
- E o mais importante, DIVIRTA-SE muito!!
Dra. Luciane Mello -
Otorrinolaringologista graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro
(UFRJ) e Especialista do Sono pela Sociedade Brasileira de Sono.
Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia
Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e da Academia Americana de Medicina do
Sono, é médica Responsável pelo Ambulatório do Ronco e Apneia e pelo Serviço de
Polissonografia, ambos no Hospital Federal da Lagoa (RJ).
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