Popularmente conhecidas
como ínguas, elas devem ser avaliadas por especialista para descartar relação
com doenças mais graves
O
aumento ou a inflamação dos gânglios linfáticos – popularmente conhecido como
íngua – pode, entre outros problemas, ser o indício do desenvolvimento de
tumores malignos. A doença deve acometer cerca de 600 mil brasileiros até o fim
deste ano, segundo prevê o Instituto Nacional de Câncer (INCA).
A
hematologista Caroline Rebello, do Núcleo de Oncologia e Hematologia do
Hospital Samaritano (Botafogo), explica que os gânglios linfáticos (ou
linfonodos) são órgãos responsáveis pela resposta imunológica do corpo. O aumento
deles – em geral nas axilas, no pescoço e na região da virilha – significa uma
provável resposta a algum processo infeccioso ou inflamatório. “Quando a íngua
é indolor, tem textura endurecida ou petrificada, tamanho maior que 2,25
centímetros e está presente nessas áreas por mais de 15 dias, é recomendável
procurar um médico o quanto antes”, alerta.
A
médica destaca ainda que, em pessoas mais magras, esses nódulos são,
geralmente, mais visíveis e palpáveis. “Podem surgir na forma de pequenos caroços
também após a ocorrência de lesões ou infecções, quando é importante avaliar se
o tamanho do gânglio está aumentado, por meio de medição feita por
especialista. Outro indicativo de que a pessoa deve procurar um médico
imediatamente é quando estão associados sinais de febre, emagrecimento,
sudorese repentina e perda de apetite, bem como coceira localizada ou tosse”,
observa.
Os
principais tipos de câncer relacionados ao aparecimento de ínguas são os
linfomas, os melanomas e as leucemias, além dos de mama, de próstata, de rim,
do trato intestinal, de pulmão e das regiões da cabeça e do pescoço. Apesar
disso, é importante salientar que nem toda íngua representa, necessariamente, a
possibilidade de um câncer. “Os nódulos podem estar relacionados à tuberculose,
ao vírus HIV, ao lúpus ou à sarcoidose – estas
últimas, doenças autoimunes. A melhor maneira de prevenir situações mais
graves é por meio da análise de um especialista, que poderá avaliar do que se
trata e orientar como proceder”, pontua.
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