Médica conta como, quando e por que devemos alterar nosso estilo de vida
O brasileiro mudou
seus hábitos. O acesso a mais tecnologia, a facilidade para comprar guloseimas
e o sedentarismo têm levado nossa população a engordar e adoecer. Dados da
Sociedade Brasileira de Endocrinologia, divulgados em abril deste ano, apontam
que o número de pessoas diagnosticadas com obesidade, hipertensão e diabetes
aumentou muito na última década.
“Diria que a
correria do dia a dia é o principal fator responsável por esses números. Na
agitação da vida moderna, a atividade física é posta de lado e a alimentação
errada vira prioridade por ser mais rápida. Com isso, temos pouca ingestão de
nutrientes e incremento nas calorias vazias, presentes em doces, refrigerantes,
fast food etc.”, destaca Dra. Tassiane Alvarenga Endocrinologista e
Metabologista formada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina
da USP (FMUSP).
Doenças como
diabetes, hipertensão e até mesmo o sobrepeso já são consideradas epidemias e
problemas de saúde pública em todo o mundo. Dra. Tassiane lembra que elas
deixaram de ser problemas de idosos para se fazerem presentes até em crianças e
adolescentes de ambos os sexos. “Mas as mulheres estão precisando de mais
atenção! Os dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia apontam que o
número de diagnósticos de diabetes cresceu 61,8% de 2006 para 2016, afetando
principalmente o público feminino. Elas estão sofrendo mais deste mal. Já a
obesidade, aumentou em 60% na década, com frequência bastante semelhante entre
os gêneros, enquanto a hipertensão teve um salto de 14,2%, tendo as mulheres como principais pacientes diagnosticados”,
afirma.
Como reverter o
problema? Com a mudança do estilo de vida. Não é algo fácil ou que ocorra de
uma hora para a outra, mas a adoção de novos hábitos é capaz de amenizar e até reverter
essas doenças metabólicas.
Dra. Tassiane
orienta seguir quatro pilares para mudar hábitos:
- Alimentação:
“comer de tudo um pouco e sem exageros é a chave para o equilíbrio e para
transformar a nutrição em saúde”, diz a médica.
- Atividade Física:
o ideal é praticar 150 minutos de exercícios por semana, o que dá meia hora
para cada dia útil. “O segredo, aqui, é encontrar uma atividade que seja
prazerosa e praticá-la com frequência”, orienta.
- Sono: “dormir é
essencial para a boa saúde e precisamos de, no mínimo, sete horas por noite de
sono para ficarmos bem. Pegar no sono, no entanto é algo que deve ser
exercitado e a higiene do sono pode ser uma aliada de quem tem dificuldades
para dormir”, diz a médica.
- Controle do
Estresse: Dra. Tassiane lembra que é inevitável nos estressarmos, mas quando
estamos expostos a fatores estressantes por longos períodos, a saúde como um
todo sofre. “É preciso buscar formas de amenizar essa tensão e cada pessoa tem
um método preferido, que pode ser a meditação, a atividade física, programas
prazerosos etc.”
Transformar o estilo de vida é possível e só
depende da força de vontade pessoal. Os pilares acima, segundo a Dra. Tassiane,
podem ser a medicação diária para cuidar das doenças metabólicas e ainda ajudam
a melhorar a felicidade. “Existe uma equação que diz que 50% da nossa
felicidade tem origem genética, 40% da sua atitude de ser feliz e 10%, da
circunstância e do momento de vida que se está passando. Ao adotar um estilo de
vida mais saudável, certamente estaremos transformando nossa vida e nosso corpo
para ganhar mais saúde e mais felicidade. Vale sempre a pena!”, conclui
Tassiane Alvarenga
·
Graduação em Medicina pela Universidade Federal de
Uberlândia – UFU;
·
Residência Médica em Clínica Médica pela
Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP;
·
Residência Médica em Endocrinologia pelo Hospital
das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FM USP);
·
Título de Especialista pela Sociedade Brasileira de
Endocrinologia e Metabologia- SBEM;
·
Membro da Endocrine Society, SBEM e ABESO;
·
Faz parte do Corpo Clínico da Santa Casa de
Misericórdia de Passos.
·
Sobrepeso e Obesidade. Compulsão Alimentar e
Ansiedade;
·
Obesidade Infantil;
·
Diabetes Mellitus e Pré Diabetes: Controle da
glicemia e prevenção de complicações como Retinopatia , Neuropatia , Nefropatia
, Infarto do Miocárdio e Acidente Vascular Cerebral (AVC);
·
Dislipidemias ( Colesterol);
·
Doenças da tireoide ( Hipo e Hipertireoidismo,
Nódulos na Tireóide);
·
Osteopenia e Osteoporose;
·
Seguimento pré e pós operatórios de cirurgia
bariátrica;
·
Check-up e Avaliação de rotina;
·
Baixa Estatura;
·
Distúrbios da Menstruação, Distúrbios da Puberdade,
Crescimento e Desenvolvimento sexual;
·
Síndrome dos Ovários Policísticos;
·
Reposição hormonal na Menopausa e Andropausa.
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